O enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff disse, no sábado, às famílias dos reféns, que estão mantidos em cativeiro em Gaza, que está a trabalhar com o governo israelita num plano que terminará com a guerra.
Numa gravação de uma reunião, citada pela Reuters, é possível ouvir o norte-americano afirmar: "Temos um plano muito, muito bom e estamos a trabalhar em conjunto com o governo israelita, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para a reconstrução de Gaza. Isto significa o fim da guerra".
De notar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, definiu como uma das grandes prioridade da sua administração o fim do conflito no Médio Oriente.
Recorde-se que, no sábado, o enviado especial Steve Witkoff encontrou-se com vários familiares dos reféns israelitas na Praça dos Reféns, em Telavive.
Foram partilhadas imagens nas redes sociais e difundidas pelos meios de comunicação israelitas que mostram Witkoff, ladeado pelos seus guarda-costas, a chegar a pé ao local, onde se encontravam reunidos familiares das 49 pessoas ainda retidas em Gaza, vivas ou presumivelmente mortas.
Sublinhe-se ainda que, na sexta-feira, Steve Witkoff, juntamente com o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, esteve em Gaza a visitar pontos de distribuição de alimentos.
"Hoje [sexta-feira] passámos mais de cinco horas em Gaza (...)", confirmou Steve Witkoff, numa mensagem na rede social X, acrescentando que "o objetivo da visita foi proporcionar ao presidente Donald Trump uma compreensão clara da situação humanitária e desenvolver um plano para entregar alimentos e ajuda médica aos residentes de Gaza".
Posteriormente, o movimento islamista Hamas acusou o enviado especial de Donald Trump de "uma encenação premeditada" após a sua visita e referiu que não se desarmará enquanto não for estabelecido um Estado palestiniano, tendo como capital a cidade de Jerusalém.
O Hamas afirmou que a visita de Witkoff foi "projetada para enganar a opinião pública", "limpar a imagem da ocupação" e "fornecer-lhe cobertura mediática para gerir a fome e continuar o assassinato de crianças e civis indefesos na Faixa de Gaza".
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