"Um lançamento aéreo de 136 paletes de ajuda alimentar para os moradores do norte e do sul de Gaza foi realizado pelas Forças de Defesa de Israel, em coordenação com os Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Egito, França, Alemanha e Bélgica", anunciou, em comunicado, o exército de Israel.
A Cogat, a agência israelita responsável pelos assuntos civis nos Territórios Palestinianos, informou que, na última semana, "mais de 23.000 toneladas de ajuda humanitária, armazenadas em 1.200 camiões, entraram em Gaza e foram recolhidas com sucesso pela ONU e organizações internacionais".
No entanto, tanto a ONU como organizações não-governamentais exigiram que Israel suspenda completamente o bloqueio ao enclave, argumentando que a ajuda entregue não atende às necessidades da população.
Também criticaram os lançamentos aéreos pelo perigo que representam para a população que corre o risco de ser esmagada até a morte ao tentar chegar às remessas em zonas de combate.
Paralelamente, Berlim pediu que Israel continue a fornecer ajuda humanitária a Gaza, apesar dos vídeos de reféns do Hamas.
Em entrevista ao jornal Bild, o chanceler alemão Friedrich Merz disse estar "horrorizado" com os vídeos que mostram dois reféns israelitas, um dos quais também com nacionalidade alemã, emaciados, extremamente magros, vítimas de fome.
Publicados desde quinta-feira pelo Hamas e sua aliada Jihad Islâmica, os vídeos reacenderam o debate sobre a necessidade de se chegar a um acordo o mais rápido possível para libertar os reféns.
Para Friedrich Merz, essas imagens "mostram que o Hamas não deve mais desempenhar nenhum papel no futuro de Gaza".
"Israel não deve responder ao cinismo do Hamas e deve continuar a fornecer ajuda humanitária", insistiu o governante.
Apoiante de Israel devido à sua responsabilidade no Holocausto, a Alemanha critica cada vez mais a guerra em Gaza e a situação na Cisjordânia ocupada.
Na sexta-feira, foram iniciados lançamentos de 14 toneladas de alimentos e necessidades médicas.
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