A cidade turística de Sochi, na Rússia, junto ao Mar Negro, foi alvo de um ataque de drones ucranianos que atingiu um depósito de combustível e causou um incêndio de grandes proporções.
Nas redes sociais, já circulam alguns vídeos que mostram a magnitude das chamas, causadas pelo ataque ucraniano - que pode ver na galeria acima.
O depósito atingido teria a capacidade de dois mil metros cúbicos de combustível, segundo uma agência estatal russa, que cita fontes dos serviços de emergência da região de Krasnodar, à qual pertence a cidade de Sochi.
No Telegram, o governador regional, Veniamin Kondratyev, adiantou que foram mobilizados mais 60 bombeiros e 15 viaturas para combater o incêndio.
As chamas causaram a suspensão dos voos do aeroporto de Sochi, segundo a agência civil de aviação russa, Rosaviatsia, que disse tratar-se de uma questão de "segurança aérea".
"De acordo com os dados preliminares, não houve vítimas", acrescenta Kondratyev, que também pediu aos cidadãos que não publicassem imagens do incêndio nas redes sociais.
Numa outra região russa, de Voronezh, no centro do país, o governador regional relata uma mulher ferida num outro ataque de Kyiv, que também causou diversos focos de incêndio.
As defesas aéreas russas abateram este domingo 93 drones ucranianos sobre seis regiões do país, nomeadamente, na Crimeia anexada e o Mar Negro, informou hoje o Ministério da Defesa russo.
Rússia atinge uma "local próximo" da central nuclear de Zaporizhia
Os ataques foram mútuos. A Reuters relata que houve uma "forte explosão" que abanou toda a capital ucraniana logo após a meia noite em Kyiv (hora local). As autoridades locais afirmaram que foram lançados mísseis contra a cidade.
Em Zaporizhia foram também registados ataques russos na manhã deste domingo, nomeadamente bombardeamentos, e foi avistado fumo perto da central nuclear na região.
A Agência Internacional de Energia Atómica informou que uma equipa no terreno "ouviu explosões e viu fumo a sair de um local próximo" da central nuclear, após ter concluído uma instalação auxiliar a pouca mais de um quilómetro do local.
Em resposta, o diretor-geral da agência Rafael Grossi considerou que "qualquer ataque nas proximidades de uma central nuclear - independentemente do alvo pretendido - representa riscos potenciais também para a segurança nuclear e deve ser evitado."
Grossi apelou "mais uma vez, à máxima contenção militar" de forma a "evitar o risco contínuo de um acidente nuclear”.
A central nuclear de Zaporizhia é a maior em toda a Europa e uma das dez maiores a nível global. Desde 2022 que está sob o domínio de Moscovo.
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