Os cinco mortos são todos adultos, segundo o ministério, num breve comunicado, citado pela agência EFE.
Desde que começou a fase mais recente do conflito israelo-palestiniano - desencadeada pelos ataques liderados pelo movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023, no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns - pelo menos 180 pessoas morreram devido a fome e desnutrição, de acordo com um registo das autoridades locais divulgado hoje.
A maioria das 180 mortes aconteceu nas últimas semanas, após meses de bloqueio à entrada de ajuda humanitária por Israel, que controla todos os acessos àquele território.
Entre 02 de março e 19 de maio o bloqueio foi total, sendo agora muito limitado.
Há muito que a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o território mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 2,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" e "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela organização em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
No final do ano passado, uma comissão especial da ONU acusou Israel de genocídio em Gaza e de estar a usar a fome como arma de guerra - acusação logo refutada pelo Governo israelita, mas sem apresentar quaisquer argumentos.
Após um cessar-fogo de dois meses, o exército israelita retomou a ofensiva na Faixa de Gaza a 18 de março e apoderou-se de vastas áreas do território, tendo o Governo anunciado, no início de maio, um plano para "conquistar" Gaza, que Israel ocupou entre 1967 e 2005.
A 26 de julho, Israel comprometeu-se a "pausas táticas" de 10 horas diárias nas zonas mais povoadas da Faixa, como a cidade de Gaza (norte), Deir Al-Balah (centro) e a costa de Mawasi (sul), e a estabelecer rotas seguras para a entrada de camiões de ajuda.
Desde então, todos os dias se registaram ataques a esses pontos nas horas em que Israel deveria observar tais pausas, além de que também não definiu rotas seguras para a entrada de ajuda humanitária.
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