"Nesta fase, 68 pessoas a bordo morreram, mas apenas 12 dos 157 passageiros puderam ser resgatados. O destino dos desaparecidos permanece desconhecido", disse à AFP Abdusattor Esoev, chefe da missão da OIM no Iémen.
Um balanço anterior do Ministério da Saúde do Iémen dava conta do resgate de, pelo menos, 45 corpos resultantes do naufrágio da embarcação, que se dirigia para a costa sul do Iémen, cujas praias são procuradas com regularidade por "embarcações de contrabandistas".
A embarcação transportava principalmente migrantes etíopes, de acordo com a direção de segurança da província de Abyan, que anunciou no domingo "uma vasta operação para resgatar os corpos de um grande número" de pessoas que morreram afogadas.
No mês passado, pelo menos oito pessoas morreram e 22 desapareceram depois de traficantes terem forçado migrantes a atirar-se ao mar no Mar Vermelho, segundo a agência da ONU para as migrações.
Apesar do conflito que assola o Iémen desde 2014, a migração irregular através deste país pobre da Península Arábica continua, especialmente proveniente da Etiópia, ela própria abalada por violência étnica.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a rota migratória do Corno de África para o Iémen é uma das mais perigosas do mundo e serão milhares os migrantes que a cruzam todos os anos.
Em 2024, houve pelo menos três naufrágios desse tipo, nos quais 92 pessoas morreram e mais de 150 desapareceram.
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