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Detidos bombistas que planeavam ataques contra chineses nas Filipinas

Três homens detidos na segunda-feira no âmbito da descoberta de uma bomba numa carrinha estacionada no aeroporto da capital filipina planeavam um ataque à embaixada chinesa e a um dos maiores centros comerciais de Manila, informaram hoje as autoridades.

Detidos bombistas que planeavam ataques contra chineses nas Filipinas
Notícias ao Minuto

07:30 - 02/09/14 por Lusa

Mundo Governo

Os indivíduos planeavam uma série de ataques, aparentemente para publicitar o seu sentimento anti China, disse aos jornalistas a Secretária da Justiça, Leila de Lima.

"Eles dizem-se defensores do povo filipino e consideram inimigos a China e os filipinos de origem chinesa como a classe oligarca responsável por práticas de negócios monopolistas e exploração mineira ilegal", afirmou.

Leila de Lima disse que os indivíduos estão particularmente zangados com a alegada posição "suave" do governo filipino em relação à China, no âmbito das disputas territoriais no Mar do Sul da China.

"Eles querem que o governo expresse uma posição mais dura na disputa com a China", acrescentou.

A Secretária acrescentou que o grupo, que pode envolver mais pessoas do que os detidos, tinha planeado uma série de ataques na segunda-feira em edifícios ligados à China ou à comunidade de negócios chinesa-filipina.

"Eles também tinham planos para detonar uma bomba no SM Mall of Asia, centro comercial na cidade de Pasay, e atingir a Embaixada da China e o edifício DMCI", acrescentou.

O SM Mall of Asia é propriedade de Henry Sy, o homem mais rico das Filipinas que nasceu na China.

O DMCI é uma empresa de construção detida por David Consunji, outro filipino-chinês que a revista Forbes lista como o sexto homem mais rico no país.

Não obstante, a Secretária da Justiça disse que os investigadores não estavam convencidos de que a verdadeira intenção do grupo era expressar a sua raiva contra a China e os interesses chineses.

"Queremos saber quão grande é o grupo, qual é a sua capacidade real para criar esta situação, e quais são os seus verdadeiros objetivos", adiantou.

"E haverá gente nossa a apoiá-los? Vamos investigar tudo isto", frisou.

Leila de Lima disse que o líder do grupo afirmou pertencer a um grupo secreto de polícias e militares que foram associados a tentativas falhadas de golpe de Estado em 1980 contra a então presidente Corazon Aquino.

A informação não foi, no entanto, confirmada até à manhã de hoje.

O atual presidente, Benigno Aquino, filho de Corazon Aquino, foi extremamente popular nos primeiros quatro anos no poder, mas nos últimos meses tem enfrentado batalhas políticas sobre uma série de temas controversos.

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