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"Tsunami de ódio". Ataques antissemitas aumentaram após ofensiva do Hamas

O relatório anual Global Antisemitism Report, hoje divulgado pela Universidade de Telavive e pela Liga Antidifamação, revela que em 2023 aumentou em dezenas de pontos percentuais o número de incidentes antissemitas nos países ocidentais em comparação com 2022.

"Tsunami de ódio". Ataques antissemitas aumentaram após ofensiva do Hamas
Notícias ao Minuto

09:48 - 05/05/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

O estudo refere que após os ataques do Hamas, em 07 de outubro, registou-se um aumento dos atos antissemitas, mas também refere que, nos meses que antecederam o início da guerra em Gaza, esses incidentes foram registados em países com grandes minorias judaicas, incluindo os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Austrália, a Itália, o Brasil e o México.

O diretor executivo e nacional da Liga Antidifamação (ADL), Jonathan Greenblatt, considera o relatório deste ano "incrivelmente alarmante", uma vez que documenta níveis sem precedentes de antissemitismo, incluindo nos Estados Unidos, que registaram o maior número de incidentes antissemitas em 2023.

"O resultado da terrível agressão do Hamas foi seguido por um tsunami de ódio contra as comunidades judaicas", denuncia, acrescentando que o antissemitismo "é uma ameaça real" para a vida judaica em todo o mundo.

"Não nos podemos dar ao luxo de ficar indiferentes quando ocorrem momentos como este. Temos de ser claros sobre as ameaças que enfrentamos e ter a determinação de as enfrentar", afirma.

Para a professora Uriya Shavit, diretora do Centro de Estudos da Europa Contemporânea, se estas tendências se mantiverem, será muito difícil aos judeus do Ocidente manterem as suas tradições e costumes, como visitar uma sinagoga ou usar uma estrela de David.

"A realidade é que Israel, enquanto estado, está limitado naquilo que pode fazer pelas comunidades judaicas. Mas mesmo o pouco que pode ser feito não é feito porque nem sequer tem um plano estratégico para combater o antissemitismo no estrangeiro", critica Shavit.

Além disso, o relatório argumenta que o "discurso de ódio" contra a comunidade judaica já estava presente em muitos campus universitários antes de Israel lançar a sua ofensiva na Faixa de Gaza.

Nas últimas semanas, foram retomados os protestos estudantis com acampamentos em campus universitários de nos EUA, onde os estudantes apelam ao Presidente norte-americano, Joe Biden, para que pressione Israel a pôr termo à guerra em Gaza.

Leia Também: Protestos anti-guerra em Gaza eclodem em formatura de faculdade dos EUA

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