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Biden espera avanços do Hamas sobre cessar-fogo na Faixa de Gaza

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que espera avanços do grupo palestiniano Hamas em relação à proposta que lhe foi apresentada sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns exigida por Israel.

Biden espera avanços do Hamas sobre cessar-fogo na Faixa de Gaza
Notícias ao Minuto

21:11 - 10/04/24 por Lusa

Mundo Diplomacia

"A bola está do lado do Hamas, eles devem avançar com a proposta que lhes foi feita", disse Biden durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em Washington.

Na mesma ocasião, o líder da Casa Branca sustentou que Israel não estava a permitir a entrada de ajuda suficiente na Faixa de Gaza, onde a guerra entre as forças de Telavive e o Hamas já dura há mais de seis meses, mergulhando o território numa grave crise humanitária.

Ao mesmo tempo, apesar das divergências de Washington com a forma como Israel conduz a guerra no enclave palestiniano, o Presidente norte-americano declarou que o compromisso com a segurança israelita face às ameaças do Irão "é blindado".

"Como disse ao primeiro-ministro [israelita, Benjamin] Netanyahu, o nosso compromisso com a segurança de Israel contra as ameaças do Irão e dos seus grupos aliados é blindado", afirmou Biden, referindo-se às ameaças de retaliação de Teerão após um ataque atribuído às forças de Telavive ter matado sete militares da Guarda Revolucionária no consulado iraniano em Damasco.

E insistiu: "Volto a dizer: blindado. Faremos tudo o que pudermos para proteger a segurança de Israel".

No seu encontro, Biden e Kishida falaram sobre a segurança de Israel, mas também sobre a guerra na Faixa de Gaza, onde ambos apoiam a proposta de uma trégua que aliviaria a crise humanitária e a libertação dos reféns em posse do Hamas.

Além disso, o Presidente dos Estados Unidos referiu-se mais uma vez à possibilidade de Washington poder mudar a sua posição em relação ao conflito, como advertiu a Netanyahu se Israel continuasse com a sua estratégia atual.

"Veremos o que [Netanyahu] fará em termos de cumprir os compromissos que assumiu comigo", referiu.

Numa conferência de imprensa em que abordou vários temas da atualidade e anunciou o reforço da parceria em segurança com o Japão e a Austrália, Joe Biden mencionou também o impasse sobre o pacote de ajuda militar avaliado em mais de 55 mil milhões de euros à Ucrânia para fazer face à invasão russa, bloqueado pelo presidente republicano da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso norte-americano), Mike Johnson, que hoje, se limitou a dizer que as conversações prosseguem.

"A maioria dos democratas e republicanos apoia esmagadoramente a Ucrânia. Deve haver uma votação agora", apelou Biden.

O líder norte-americano e recandidato democrata ao cargo nas presidenciais a disputar em novembro voltou também a referir-se à proibição quase total ao aborto decidida pelo Supremo Tribunal no estado do Arizona e sobre a posição do seu adversário eleitoral, o ex-presidente republicano Donald Trump.

No final da conferência de imprensa um jornalista questionou Biden, que respondeu: "Escolha-me, vivo no século XXI".

Trump, o provável candidato presidencial republicano, distanciou-se hoje da decisão do Supremo Tribunal do Arizona, considerando que foi longe demais.

No entanto, o republicano defende que cada estado do país tenha a sua própria legislação sobre a interrupção voluntária da gravidez, enquanto Biden está empenhado na proteção federal do direito ao aborto.

Leia Também: Biden anuncia rede de defesa aérea conjunta com Japão e Austrália

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