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Blinken chega a Istambul para abordar tensão no Médio Oriente

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, chegou hoje a Istambul, Turquia, a primeira paragem de um novo périplo ao Médio Oriente novamente focado no conflito em curso na Faixa de Gaza.

Blinken chega a Istambul para abordar tensão no Médio Oriente
Notícias ao Minuto

17:17 - 05/01/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Além da Turquia e da Grécia, o secretário de Estado norte-americano vai visitar cinco países árabes, assim como Israel e a Cisjordânia.

Trata-se da quarta deslocação do secretário de Estado norte-americano à região desde que o grupo islamita palestiniano Hamas realizou o seu ataque em 07 de outubro em solo israelita, que foi seguido por uma intensa ofensiva das forças de Telavive na Faixa de Gaza.

"Não esperamos que todas as conversações nesta viagem sejam fáceis. Obviamente, a região enfrenta questões e decisões difíceis, mas o secretário [de Estado] acredita que é responsabilidade dos Estados Unidos liderar os esforços diplomáticos para enfrentar esses desafios", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, antes do início do périplo.

Nas suas reuniões com responsáveis israelitas, serão abordados os esforços de Telavive para garantir que os ataques de 07 de outubro não voltem a acontecer, bem como os planos de transição para a próxima fase de operações na Faixa de Gaza e as medidas que podem ser tomadas para melhor proteger os civis e "permitir que os palestinianos regressem às suas casas e bairros à medida que os combates diminuem", segundo o mesmo porta-voz.

A libertação dos reféns ainda nas mãos do Hamas será outro ponto na agenda de Blinken, bem como a forma como os intervenientes na região podem usar a sua influência para evitar uma escalada do conflito.

A posição de Washington é delicada atendendo a que os Estados Unidos da América (EUA) são o principal parceiro militar de Israel, e rejeitam um cessar-fogo exigido veementemente pela generalidade da comunidade internacional e, em particular, pelos países árabes.

Os EUA não se opõem, no entanto, a pausas humanitárias como a que ocorreu em novembro, permitindo a libertação de reféns detidos pelo Hamas e o acesso de ajuda ao enclave palestiniano.

Esta viagem acontece logo após dois acontecimentos marcantes na região: na quarta-feira, 84 pessoas perderam a vida num ataque terrorista na cidade de Kerman, no Irão, onde milhares de pessoas participavam numa cerimónia para assinalar o assassínio em 2020 do tenente-general Qassem Soleimani, ordenado pelo ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

A este acontecimento soma-se o ataque com um 'drone' (aeronave não tripulada) que matou o "número dois" do gabinete político do Hamas, Saleh al-Arouri, em Beirute e que foi atribuído a Israel, embora não confirmado por Telavive.

A guerra em curso, que completa no domingo 14 semanas, começou quando o Hamas atacou Israel, provocando, segundo as autoridades israelitas, cerca de 1.200 mortos, além de ter sequestrado 240 pessoas, das quais mais de 120 ainda se encontram em cativeiro.

A retaliação israelita na Faixa de Gaza fez mais de 22.400 mortos e cerca de dois milhões de deslocados, bem como desencadeou uma crise humanitária grave devido ao colapso de hospitais, falta de medicamentos, alimentos, água e eletricidade, de acordo com as autoridades do enclave palestiniano controladas pelo Hamas.

Leia Também: Blinken visita Médio Oriente entre receios de conflito regional

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