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Mali. Al-Qaida reivindica oito ataques nos últimos 15 dias

Um grupo extremista leal à Al-Qaida reivindicou, nos últimos 15 dias, oito ataques com mortos ou feridos contra capacetes azuis, tropas malianas ou mercenários russos no Mali, noticia a agência Efe, citando vários comunicados.

Mali. Al-Qaida reivindica oito ataques nos últimos 15 dias
Notícias ao Minuto

14:42 - 19/09/22 por Lusa

Mundo Mali

Os ataques foram reivindicados pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GAIM) em comunicados publicados nos últimos dias pelo órgão de propaganda Az-Zallaqa.

Segundo estes comunicados, um dos ataques foi perpetrado no dia 11 de setembro contra um veículo blindado da missão da ONU no Mali (Minusma).

O ataque, já confirmado pela ONU, ocorreu entre as cidades setentrionais de Timbuktu e Ver e resultou em três capacetes azuis feridos e na destruição total do veículo.

No mesmo dia, os extremistas do GAIM atacaram um veículo do Exército maliano numa estrada que une as localidades de Tombola e Nara, na região ocidental de Koulikoro, provocando, segundo os terroristas, vários mortos e feridos.

Um dos ataques mais recentes ocorreu na quarta-feira entre as localidades de Diéoura e Sebabougou, na região de Kayes, a noroeste de Bamako, quando os terroristas lançaram uma emboscada ao comboio do governador da região.

Segundo os terroristas, que reconheceram que um dos seus atacantes ficou ferido, uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas entre a comitiva do governante maliano.

No dia seguinte, os extremistas fizeram explodir uma bomba à passagem de um veículo das Forças Armadas Malianas (FAMA) na estrada entre Gnougou e Bonda, na região de Kayes, o que provocou, segundo o grupo, a destruição do veículo com os seus ocupantes.

No dia 06 de setembro, o grupo lançou um ataque com morteiros contra um quartel do Exército maliano na cidade de Niafunké, situada na região nortenha de Timbuktu, sem que haja informação sobre vítimas.

No mesmo dia, um ataque à bomba contra um veículo em que seguiam membros do Exército maliano e mercenários da empresa de segurança russa Wagner causou, segundo o GAIM, um número indeterminado de mortos, incluindo mercenários russos.

O comunicado agrega que outros dois russos morreram noutro ataque com explosivos mo dia 12 na localidade de Gassi, perto da cidade de Boni, situada na região central de Mopti.

A presença de russos no Mali, supostamente mercenários do grupo Wagner, para treinar as forças malianas e proteger o Governo, foi motivo de polémica internacional e esteve na origem da retirada da missão antiterrorista francesa no terreno.

O Estado maliano, governado por uma junta militar após dois golpes de Estado em menos de um ano, não controla extensas zonas do país, concretamente do norte e do centro, onde a administração central está praticamente ausente e onde aumentam os atentados perpetrados por diferentes grupos extremistas.

Os últimos militares franceses da força especial Barkhane deixaram o Mali em 15 de agosto, ao fim de nove anos a combater o extremismo violento no país.

Leia Também: Exército da Somália mata 45 presumíveis extremistas do Al Shabab

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