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Élisabeth Borne, a primeira mulher a chefiar o governo francês em 30 anos

Saiba quem é a segunda mulher a ocupar o segundo lugar político mais importante de França.

Élisabeth Borne sucede a Jean Castex e foi hoje nomeada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para primeira-ministra.

As primeiras palavras foram dirigidas ao homem que vai agora substituir, Jean Castex: “Obrigada pelo seu compromisso inabalável em servir o nosso país. Obrigada pelas suas palavras e obrigada pelas muitas batalhas que travámos juntos”.

Torna-se assim a segunda mulher a ocupar o segundo lugar político mais importante de França -  depois de Édith Cresson ter governado de maio de 1991 a abril de 1992, sob a presidência de François Mitterrand. É também a primeira a assumir tal cargo nas últimas três décadas.

"Estava na altura de haver outra mulher [na posição] e eu sei que a senhora Borne é uma pessoa notável com muita experiência... Penso que foi uma grande escolha", afirmou Edith Cresson em declarações à BMFTV.

No curto discurso desta segunda-feira, Élisabeth Borne deixou “um pensamento” a Cresson.

Borne juntou-se a Emmanuel Macron a partir de 2017 - depois de vários anos como membro do Partido Socialista francês - com a pasta dos Transportes. Esteve dois anos no cargo antes de assumir o cargo de ministra da Transição Ecológica e Inclusiva. Estava desde julho de 2020 no Ministério do Trabalho, Emprego e Integração.

A agora primeira-ministra, de 61 anos, é natural de Paris e foi uma das grandes impulsionadoras da introdução das ciclovias e bicicletas em França.

Foi também durante a sua tutela que o desemprego caiu para os valores mais baixos em 15 anos - além de o desemprego jovem ter atingido mínimos de 40 anos.

Borne é filha de um judeu russo que se refugiou em França durante o Holocausto. É divorciada e tem um filho. Antes de entrar para a política foi funcionária no Ministério do Equipamento e conselheira do ministro da Educação socialista Lionel Jospin nos anos 90. Passou ainda pela Câmara Municipal de Paris - na área do transporte público.

"Para mim, fazer política não é fazer com que as pessoas falem de mim a qualquer preço, é dedicar-me a entregar projetos ao serviço do meu país", disse à rádio France Inter no ano passado, lembra o The Guardian. "A política não tem a ver com empurrar-me para a frente do palco".

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