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Soldados do Chade matam 24 pessoas na capital

Pelo menos 24 pessoas morreram e mais de uma centena ficaram gravemente feridas no sábado em Bangui, na República Centro-Africana, depois de soldados do Chade terem disparado sobre a população, segundo um comunicado divulgado hoje pelo município de Bégoua.

Soldados do Chade matam 24 pessoas na capital
Notícias ao Minuto

07:00 - 31/03/14 por Lusa

Mundo República Centro-Africana

Estes soldados do Chade foram à República Centro-Africana para repatriar os compatriotas que fogem da violência na África central.

"Há já 24 corpos identificados e recolhidos e mais de uma centena de pessoas feridas gravemente" nos distritos do norte de Bangui, disse à imprensa a autarca de Bégoua, uma pequena cidade nos arredores da capital, sublinhando que os números são ainda provisórios.

Em Bégoua e nos bairros de Gobongo e Galabadja, maioritariamente cristãos, continua o trabalho de recolha dos mortos e dos feridos, que "são cada vez mais".

"Estamos impressionados", disse a autarca de Bégoua, Odette Dombolo.

A responsável aproveitou para pedir que tanto as autoridades do país como as organizações humanitárias ajudem a socorrer os feridos.

"As casas foram incendiadas pelos disparos de morteiros. Um poste de energia foi cortado ao meio no bairro de Gobongo, o que mostra que os danos provocados pelas armas foram muito grandes", afirmou.

Um oficial da força da União Africana na República Centro-Africana (MISCA) disse à France Press, sob anonimato, que os soldados do Chade ripostaram depois de terem sido atingidos por uma granada que fez um ferido.

No entanto, segundo um porta-voz das milícias anti-Balaka, maioritariamente cristãos, tratou-se de uma provocação: "Homens, mulheres e crianças foram mortos sem razão, sem que ninguém tivesse atacado os chadianos".

Este tipo de incidentes ocorre regularmente em Bangui, estando de um lado as milícias anti-Balaka e a população e do outro os soldados do Chade, acusados de cumplicidade com os ex-rebeldes Séléka, maioritariamente muçulmanos, que assumiram o poder da República Centro-Africana em 2013.

O ciclo de assassinatos inter-religiosos no país foi provocado por meses de abusos contra os cristãos levados a cabo pelos combatentes Séléka de forma impune.

Em reação, formaram-se as milícias de autodefesa anti-Balaka, que rapidamente começaram a atacar indiscriminadamente ex-rebeldes e civis muçulmanos em Bangui, sem que a MISCA ou os soldados franceses destacados no país tenham sido capazes de os deter.

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