Polícia do Níger detém autarca a quem apreende 214 quilos de cocaína
A polícia do Níger apreendeu um recorde de 214 quilos de cocaína e deteve um presidente de Câmara e o seu motorista quando tentavam levar a droga para a Líbia, anunciou hoje fonte oficial.
© Reuters
Mundo Nigéria
Um comunicado do gabinete central para a repressão do tráfico ilícito de estupefacientes (OCRTIS, na sigla em francês) esclarece que a operação decorreu no domingo em Agadez, no norte do país, e levou à detenção do autarca de Fachi, que fica a 400 quilómetros de Agadez, e do seu motorista.
Ambos foram levados para a capital do país, Niamey, na segunda-feira, para serem interrogados, e as autoridades procuram outro suspeito de envolvimento no caso, revela o comunicado, acrescentando que agentes da União Europeia estiveram envolvidos na investigação.
As autoridades seguiram "a pista de uma quantidade de droga introduzida a partir do Mali e que estava a ser encaminhada para a Líbia", disse aos jornalistas a porta-voz do OCRTIS, Nana Aïchatou Ousmane Baco, citada pela France-Presse.
O inquérito permitiu apreender em 02 de janeiro 214.635 quilos de droga num veículo da autarquia de Fachi, a bordo da qual viajava o presidente da Câmara, que se dirigia para Dirkou, localidade nigerina perto da Líbia, acrescentou.
"Foi a primeira vez que o nosso país apreender uma quantidade tão grande de cocaína", afirmou a porta-voz, acrescentando que a droga, cujo valor de mercado equivale a perto de 17 milhões de euros, tinha como destino final a Europa.
Fachi é um oasis no deserto de Ténéré, a mais de 1.600 quilómetros de Niamey e a 450 quilómetros de Agadez, a maior cidade do norte do Níger.
Os cerca 2.000 habitantes de Fachi retiram o essencial dos seus recursos do comércio de tâmaras e de sal.
As apreensões de droga têm vindo a aumentar no Níger, cujo imenso norte desértico é um corredor do tráfico de droga, de armas e de migrantes, além de ser o reduto de grupos 'jihadistas'.
Segundo a agência AFP, os traficantes internacionais de drogas estão a usar a África ocidental como local de passagem do tráfico de estupefacientes entre a América do Sul e a Europa.
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