EUA e Europa reafirmam vontade de preservar integridade da Bósnia
Os Estados Unidos e países europeus reforçaram hoje o seu desejo de preservar a integridade da Bósnia, recentemente questionada, e de apoiar a mediação da ONU que foi denunciada pela Rússia no Conselho de Segurança.
© Reuters
Mundo Bósnia
"A posição americana sobre os acordos de paz de Dayton (assinados em 1995 e que encerraram os conflitos interétnicos) e sobre o futuro da Bósnia como um único Estado-membro da comunidade euro-atlântica permanece inalterada", disse a embaixadora dos EUA junto da ONU, Linda Thomas-Greenfield.
"Não há futuro para nenhuma das entidades fora da Bósnia-Herzegovina", insistiu a diplomata, reafirmando o apoio dos Estados Unidos ao "papel essencial" da mediação das Nações Unidas.
Em abril, o jornal 'online' Necenzurirano divulgou a notícia de um projeto atribuído ao primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, defendendo a dissolução da Bósnia, que ficaria reduzida a um pequeno Estado predominantemente muçulmano, enquanto a entidade sérvia, a Republika Srpska, juntar-se-ia à Sérvia e os territórios habitados predominantemente por croatas à Croácia.
Tal como outros países europeus membros do Conselho de Segurança da ONU - como a Irlanda e a Estónia - a França também afirmou o seu "apoio inabalável à soberania e integridade territorial" da Bósnia.
"A retórica da divisão, os discursos nacionalistas e separatistas ou a evocação da possibilidade de uma guerra não são aceitáveis", afirmou a vice-embaixadora francesa, Nathalie Broadhurst, ao sublinhar a necessidade de manter um escritório da ONU na Bósnia.
Contudo, para a Rússia, que não põe em causa a integridade da Bósnia, este país há muito que não mostra qualquer estabilidade nas suas relações, pelo que o escritório do seu representante na ONU, Valentin Inzko, deveria ser encerrado.
"Ele (Inzko) apresenta o panorama como se os sérvios bósnios e os croatas fossem culpados por todas os problemas", denunciou Anna Evstigneeva, vice-embaixadora russa.
Evstingneeva acusou Valentin Inzko de "manipular os acontecimentos", provocando tensões entre as partes, uma crítica rejeitada pelo enviado das Nações Unidas.
"Pedimos-lhe que se abstenha de qualquer interpretação", disse a diplomata russa, sugerindo-lhe que não se imiscua nas relações da Bósnia com a União Europeia e com a NATO.
Valentin Inzko lamentou o discurso de ódio contra si, denunciando ataques pessoas feitos pelo atual Presidente da Bósnia, o sérvio Milorad Dodik.
Leia Também: Decisão do recurso de Mladic sobre genocídio será divulgada em 8 de junho
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com