Afeganistão: Rússia, EUA, China e Paquistão querem acelerar paz
A Rússia, Estados Unidos, China e Paquistão, grupo conhecido como a "troika alargada" para a resolução do conflito no Afeganistão, pediram hoje para se acelerar, "sem demoras", o diálogo interafegão de paz no país centro asiático.
© Reuters
Mundo Afeganistão
O pedido está expresso numa declaração conjunta dos enviados especiais de quatro países divulgada no final de uma conferência a que assistiram representantes do Governo do Afeganistão e do movimento Talibã, bem como uma delegação do Qatar, onde decorrem as negociações entre as partes afegãs, que se encontravam suspensas desde 2020.
"Apelamos aos responsáveis das delegações afegãs a iniciarem, sem demora, o debate sobre as questões fundamentais da resolução do conflito, incluindo as bases de um futuro Estado pacífico e estável no Afeganistão", escreve-se no texto da reunião realizada em Moscovo.
A "troika alargada" também defendeu o início das discussões sobre o conteúdo de um roteiro para a formação de um "governo inclusivo" e para um cessar-fogo "permanente".
Estes passos, segundo a Rússia, Estados Unidos, China e Paquistão, permitirão realizar no Afeganistão negociações que poderão levar à assinatura de um acordo de paz para por fim a mais de quatro décadas de guerra no país.
No final da conferência, Zamir Kabulov, representante especial para o Afeganistão do Presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou que as partes no conflito "estão disponíveis para conversar sobre o estabelecimento da paz" no país.
Kabulov acrescentou que os futuros esforços diplomáticos estarão centrados no trabalho "com pequenos grupos" das partes em confronto, para garantir um maior entendimento entre elas e trazer "rapidamente" a paz ao Afeganistão.
A conferência de Moscovo ocorre numa altura em que aumentam os esforços para se chegar a um acordo de paz antes de uma possível retirada militar norte-americana do país, prevista para 01 de maio.
A Rússia disse ser a favor da formação de uma "administração interina provisória e inclusiva" com talibãs para liderar o Afeganistão.
A posição de Moscovo vai ao encontro da proposta de paz apresentada pelos Estados Unidos às autoridades de Cabul e aos talibãs, que inclui a criação de um "novo governo inclusivo".
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