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Covid-19: Audiência de Netanyahu adiada devido a confinamento em Israel

Uma audiência do julgamento por corrupção do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prevista para a próxima semana, foi adiada devido ao confinamento para travar a pandemia de covid-19 no país, indicou hoje um tribunal de Jerusalém.

Covid-19: Audiência de Netanyahu adiada devido a confinamento em Israel
Notícias ao Minuto

13:34 - 08/01/21 por Lusa

Mundo Pandemia

Netanyahu foi acusado em novembro de 2019 de suborno, fraude e abuso de confiança em três diferentes processos, situação inédita para um chefe de governo israelita em funções.

O julgamento começou em maio de 2020 e até agora Netanyahu apenas esteve presente em tribunal para confirmar que conhecia as acusações. A audiência marcada para a próxima semana seria para responder formalmente às acusações que em maio qualificou de "ridículas".

O tribunal de distrito de Jerusalém indicou hoje num comunicado que, "tendo em conta o elevado número de participantes na audiência e o confinamento, a audiência prevista para 13 de janeiro de 2021 é anulada", adiantando que uma nova data será anunciada mais tarde.

Israel impôs no final de dezembro um terceiro confinamento desde o início da pandemia do novo coronavírus e na quinta-feira a administração judiciária indicou que as audiências deveriam ser adiadas sempre que possível até ao final do isolamento, previsto para 21 de janeiro.

Em Israel, o primeiro-ministro não têm imunidade, mas também não é obrigado a demitir-se quando é acusado e enfrenta um julgamento.

No entanto, Netanyahu tem enfrentado protestos semanais nos últimos meses pedindo a sua demissão face às acusações e ao modo como o governo tem gerido a crise pandémica.

Israel registou um aumento recente de casos do novo coronavírus apesar de estar a realizar uma das campanhas de vacinação mais rápidas do mundo. Quase 20% da população já recebeu duas doses da vacina e o primeiro-ministro disse na quinta-feira que tem vacinas suficientes para inocular todos os cidadãos adultos até final de março.

A vacinação contra a covid-19 está no centro da campanha de Netanyahu visando a sua reeleição em março, quando se realizam as quartas legislativas no país em menos de dois anos.

Desde o início da pandemia, Israel registou 3.565 mortos entre os 474.000 infetados com o novo coronavírus.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019 na China, provocou pelo menos 1.884.187 mortos resultantes de mais de 87,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência France Presse.

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