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"Coerente", AD assume "risco" em sonho europeu. Listas entregues hoje

Na apresentação dos candidatos da AD às europeias de 9 de junho, que decorreu na Curia, em Aveiro, Sebastião Bugalho confessou que a sua escolha foi "um risco" assumido por Luís Montenegro, que o selecionou para cabeça de lista pela sua "juventude, arrojo, mérito". O líder do PSD aproveitou, também, para lançar farpas à oposição.

"Coerente", AD assume "risco" em sonho europeu. Listas entregues hoje
Notícias ao Minuto

08:26 - 29/04/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Eleições Europeias

O cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) para as Eleições Europeias, Sebastião Bugalho, salientou, na sua primeira intervenção pelo partido, ser candidato por acreditar "na Europa", sem a qual "a democracia portuguesa não seria a mesma". Já o primeiro-ministro e líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, teceu rasgados elogios ao jovem de 28 anos, ao mesmo tempo que desafiou os líderes do Partido Socialista (PS) e do Chega a dizerem se querem fazer "um governo alternativo" e "legislar em conjunto". Esta segunda-feira, a lista de candidatos às Europeias será entregue no Tribunal Constitucional, pelas 15h00.

Na apresentação dos candidatos da AD às europeias de 9 de junho, que decorreu na Curia, em Aveiro, Sebastião Bugalho confessou que a sua escolha era "um risco" assumido por Luís Montenegro, ainda que tenha ressalvado ter-se apresentado ao cargo pelo "sonho europeu", tal como personalidades sociais-democratas suas antecessoras, entre elas Cavaco Silva, Durão Barroso, Carlos Moedas e Jorge Moreira da Silva.

"Estou aqui hoje porque acredito na Europa. Mais do que isso, acredito na Europa que a democracia portuguesa ajudou a construir desde 1986. Estou aqui porque também sei que a democracia portuguesa não seria a mesma sem essa pertença europeia", disse, apontando que, "na busca pelo sonho europeu, estamos juntos".

Face às críticas pela sua tenra idade, o jovem recordou que o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, tem 34 anos, e "está agora a começar o seu percurso".

"Quando é que a História não foi feita de correr riscos? Quando é que o mundo conseguiu avançar para melhor sem alguma ousadia? Quando é que alguma coisa se tornou melhor sem o mínimo de coragem?", questionou.

Por seu turno, Montenegro reiterou a escolha de Bugalho para cabeça de lista da AD pela "juventude, arrojo, mérito", tendo ainda aproveitado para deixar uma indireta à cabeça de lista do PS.

"Estamos a ser coerentes, mais uma vez; não fomos buscar um membro do Governo que despedimos lá atrás", disse, numa referência a Marta Temido, que apresentou a demissão do Executivo liderado por António Costa em agosto de 2022.

É que, na ótica do líder social-democrata, a coligação AD será a única "que não terá problemas de coerência" na campanha das europeias, justificando que "o PS vai ter muita dificuldade em dizer porque é que em Portugal aceita ter uma visão de governo e partilhar o governo com partidos que não confiam na União Europeia e na NATO", disse, referindo-se ao Bloco de Esquerda (BE) e ao Partido Comunista Português (PCP).

Mas também o partido de extrema-direita Chega terá de tecer explicações, uma vez que "anda de braço dado na Europa com partidos franceses, italianos, alemães que defendem o regime russo de [Vladimir] Putin".

Montenegro desafiou ainda os líderes destes dois coletivos a assumirem se querem fazer "um governo alternativo" e "legislar em conjunto".

"O PS era contra a nossa proposta, agora copiou-a, aditivando-a. Mas parece que PS e Chega querem aprovar uma descida do IRS no parlamento diferente da do Governo. Ora, isso é governar, isso é substituir-se ao governo. Se o PS e o Chega quiserem governar em vez do Governo então têm se de juntar a sério, e é isso que têm de dizer ao país", afirmou, tendo em conta à aprovação, na semana passada, na generalidade das propostas do PS, BE e PCP sobre o IRS, com a proposta do Governo a acabar por baixar à especialidade sem votação, tal com as do Chega e IL, numa altura em que a sua aprovação parecia estar em causa.

Saliente-se que, nas últimas eleições europeias, em junho de 2019, o PSD concorreu sozinho e teve o seu pior resultado de sempre - menos de 22% dos votos - e elegeu seis eurodeputados.

Além da AD, que entregará a lista pelas 15 horas, Iniciativa Liberal, PAN, PS e Bloco também entregam também esta segunda-feira as candidaturas ao Parlamento Europeu no Tribunal Constitucional - nestes casos, durante a manhã.

Leia Também: Montenegro diz que haverá mais fiscalização e menos carga burocrática

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