Gouveia e Melo: "Só devemos julgar um Governo depois de ter tido tempo"

O almirante Henrique Gouveia e Melo deu-se a conhecer aos portugueses na Grande Entrevista da RTP3. Definiu-se como um "adepto feroz da estabilidade" e "profundamente cristão" que defende a "reforma" do Estado.

Almirante, Henrique Gouveia e Melo,

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Cátia Carmo
18/06/2025 23:54 ‧ há 3 horas por Cátia Carmo

Política

Presidenciais

O candidato à Presidência da República Henrique Gouveia e Melo deu-se a conhecer aos portugueses definindo-se como um "adepto feroz da estabilidade política", "profundamente cristão" e defensor da "reforma" do Estado.

 

"Sou um adepto feroz da estabilidade política. Só devemos julgar um Governo depois de ter tido tempo de fazer o seu programa e em eleições normais. Ciclos curtos só faz com que os Governos tenham tendência para medidas mais demagógicas e menos estruturantes. São a espuma dos dias em vez de estarem preocupados com medidas de médio e longo prazo que mudam realmente a vida das pessoas", defendeu Gouveia e Melo, no programa Grande Entrevista, da RTP 3, esta quarta-feira.

Sobre o Governo da AD e de Luís Montenegro, que está agora em plenitude de funções depois da aprovação do Programa do Governo, o almirante considera que tem "condições políticas" para durar quatro anos.

"É francamente desejável que isso aconteça. O nosso Estado precisa de se reformar porque isso afeta a economia, a nossa prosperidade e queremos um Estado que seja social, mas que a economia possa pagar. Se afetarmos a economia de forma grave também afetamos o Estado social. As soluções muitas vezes só acontecem quando o caminho tem tempo para se fazer. Quando é interrompido há variações nesse caminho e isso vai afetar, necessariamente, o resultado", explicou o candidato à Presidência da República.

Revelou também indiretamente em quem tem vindo a votar nas últimas eleições. "Ao longo do meu percurso como cidadão votei umas vezes no PSD e outras no PS. A maior parte das vezes votei no vencedor", revelou.

Descreveu-se também como "mistura de muitas coisas". Um "cidadão português que gosta imenso de Portugal", que foi "preparado" para ser um "líder militar", mas também "profundamente cristão", apesar de não "ir muito a igrejas".

Em casa, costuma deixar a família de parte nas "grandes decisões" profissionais.

"As grandes decisões da minha vida, em termos profissionais, foram tomadas sozinho. Esta também", assegurou Gouveia e Melo.

Depois de ter passado 45 anos "dedicado ao Estado e à defesa dos interesses e da Constituição", quer continuar com a dar "contributo cívico" à população portuguesa através da "vida política".

Recorde-se que no último fim de semana o candidato presidencial elogiou o Programa de Governo da AD por ser "reformista e virado para o futuro", mas reconheceu que inclui controvérsias.

"Fiquei contente, porque é um Programa [de Governo] reformista e virado para o futuro. Agora, do programa à execução, há um grande intervalo que tem de ser percorrido", apontou Gouveia e Melo.

Na altura, o candidato disse que ainda só tinha lido o documento "de uma forma muito preliminar", mas desejou "sorte ao Governo" para aplicar as medidas previstas.

"O Programa [de Governo], em termos gerais, vai contribuir para o desenvolvimento do país. Todos nós avançamos e Portugal vai avançar se o programa for executado", antecipou.

Gouveia e Melo admitiu, por outro lado, que "há coisas controversas no Programa" de Governo, mas considerou que "isso faz parte da luta político-partidária", particularmente o tema da imigração.

Leia Também: Tribunal não consegue notificar Gouveia e Melo para testemunhar

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