Governo são-tomense baixou nível de prevenção para Situação de Alerta
O governo são-tomense baixou o nível de prevenção contra a Covid-19 no país, substituindo hoje o Estado de Calamidade por Situação de Alerta, que vai vigorar durante os próximos 15 dias, indicou fonte governamental.
© Lusa
Mundo Covid-19
A decisão é justificada com o facto de os dados sobre a pandemia serem "promissores" e "estáveis".
"Face a esses dados e considerando a necessidade de fazer um equilíbrio entre aquilo que são ações e medidas sanitárias e a necessidade de retoma económica, o governo decidiu declarar a partir de hoje e durante os próximos 15 dias a Situação de Alerta em todo o território nacional", disse aos jornalistas o porta-voz do executivo, Wando Castro.
Wando Castro, que é ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Comunicação Social e Novas Tecnologias explicou que "o facto de estarmos a baixar o nível de prevenção não quer dizer que a Covid-19 já não exista em São Tomé e Príncipe".
"Temos ainda alguns casos ativos, temos registado casos positivos, mas vamos estar agora em Situação de Alerta, acompanhar a evolução diária da pandemia no país e caso se justifique, voltamos a aumentar o nível de alerta", sublinhou.
Na quarta-feira, o país completou 105 dias do Estado de Calamidade além dos 90 de Estado de Emergência em Saúde Pública. Terça-feira, o governo reuniu o Comité de Crise para avaliar "de forma exaustiva" a situação da pandemia do novo coronavírus no país.
"Neste momento tem havido uma redução significativa de casos positivos de Covid-19, a taxa de internamento no hospital de campanha mantém-se nos últimos dias a zero e desde 27 de julho que não registamos nenhuma morte devido ao novo coronavírus em São Tomé e Príncipe", explicou o porta-voz do governo.
"Constatámos também, com alguma satisfação, que a Ilha do Príncipe mantém-se sem registo de casos positivos", acrescentou.
Desde 23 de junho que foi instalado o laboratório para exames PCR, foram efetuados 2548 testes, dos quais 2359 deram resultados negativos e 187 deram positivos, estando até esta quinta-feira em isolamento domiciliário apenas 11 pessoas.
Um total de 886 pessoas recuperadas e os casos positivos acumulados mantêm-se em 911 há mais de uma semana.
O executivo considera estes dados "promissores", mas apelou a população para "ter atenção ao excessivo relaxamento que temos verificado nos últimos tempos".
"Os dados são promissores, são estáveis, mas o novo coronavírus ainda está entre nós e é preciso que cada um de nós vista o fato de agente de saúde pública e contribua para que esta situação se mantenha e com tendência a melhorar nos próximos tempos", pediu Wando Castro.
Ao nível das medidas sanitárias o governo divulgou "algumas inovações", sendo que o uso obrigatório de máscaras foi limitado "apenas nos espaços públicos e privados fechados e também nos recintos escolares".
O executivo mantém a obrigação da higienização das mãos e autoriza, a partir desta data, a prática de desportos coletivos, mas com 50 por cento de lotação do espaço.
Outra inovação é que todos os cidadãos nacionais e estrangeiros são obrigados a apresentar testes tanto à entrada como à saída do país. Anteriormente eram apenas obrigados a apresentar estes testes à entrada no território nacional.
Quanto à Região Autónoma do Príncipe, o governo impôs também a obrigatoriedade da realização de testes rápidos apenas para aqueles que pretendem deslocar-se na ilha.
O executivo mantém a proibição da realização das festas populares, incluindo discotecas, por considerar de "alto risco de contaminação", estando, por isso, a "estudar medidas de apoio para compensar as pessoas que estão a ser afetadas com estas restrições".
O porta-voz do governo anunciou como "próximo passo" a realização de testes massivos a nível da população para "tentar perceber até que ponto a taxa de contágio ainda é alta ou não", sem, contudo, avançar a data para o início destes testes.
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