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Justiça do Louisiana mantém perpétua a negro que roubou tesouras de podar

Fair Wayne Bryant pediu que a sua pena fosse revertida. Crime foi cometido em 1997.

Justiça do Louisiana mantém perpétua a negro que roubou tesouras de podar
Notícias ao Minuto

14:13 - 08/08/20 por Fábio Nunes

Mundo Racismo EUA

O Supremo do estado do Louisiana, nos Estados Unidos, decidiu manter a pena de prisão perpétua a um homem negro que roubou um conjunto de três tesouras de podar há mais de 20 anos, rejeitando desta forma o pedido de Fair Wayne Bryant, de 62 anos, para que a sua sentença fosse revertida, revela a CNN.

Em 1997, Bryant foi condenado pelo crime de assalto. No recurso interposto em 2018 ao tribunal do segundo circuito do Louisiana a sua advogada, Peggy Sullivan, argumentou que Bryant considerava que a sua “pena de prisão perpétua era inconstitucionalmente dura e excessiva”.

Mas o Supremo do Louisiana discordou, com cinco dos sete juízes a decidirem manter a pena. Um juiz absteve-se e uma juíza foi favorável à reversão da pena. Bernette Johnson é o único membro do coletivo de juízes que é mulher e é negra. Os restantes juízes são homens brancos.

Bernette Johnson escreveu que a “sentença imposta é excessiva e desproporcional face à ofensa que o réu cometeu”. “A pena de prisão perpétua pela tentativa falhada de roubar um conjunto de três tesouras de podar é grosseiramente desproporcional tendo em conta o crime e não serve um propósito penal legítimo”, acrescentou a juíza.

Johnson lembrou ainda os custos associados à condenação de Fair Wayne Bryant para os contribuintes do Louisiana, lembrando que os seus 23 anos de pena cumpridos tiveram um custo de mais de 500 mil dólares (423 mil euros).

A sentença de Bryant foi sancionada sob uma lei na qual os anteriores crimes do réu servem de suporte a esta condenação. Fair Wayne Bryant já tinha sido condenado em 1979 por um assalto à mão armada. Em 1987 foi condenado por outro assalto e dois anos depois foi alvo de nova condenação por tentativa de falsificar um cheque. Em 1992 foi sentenciado novamente por um assalto.

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