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Iémen: 26 crianças e seis mulheres terão morrido em ataques aéreos

Os ataques aéreos no Iémen por forças lideradas pela Arábia Saudita no fim de semana provocaram dezenas de mortos, incluindo 26 crianças e seis mulheres, anunciaram hoje os rebeldes Huthis.

Iémen: 26 crianças e seis mulheres terão morrido em ataques aéreos
Notícias ao Minuto

15:50 - 18/02/20 por Lusa

Mundo Iémen

Os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irão, disseram que a coligação liderada pela Arábia Saudita realizou ataques aéreos no sábado na província montanhosa de Jawf, no norte do país, depois de os seus combatentes terem derrubado um avião da coligação na sexta-feira.

A coligação disse que estava a investigar "possíveis danos colaterais", após uma operação para resgatar a tripulação de dois homens de um caça Tornado.

As autoridades da coligação disseram que o paradeiro dos dois pilotos ainda é desconhecido.

Um comunicado do ministério da Saúde dos Huthis, na segunda-feira, referiu que os ataques aéreos atingiram casas civis no distrito de Al-Maslub. Esta nota informou que o ataque teria matado pelo menos 35 pessoas e ferido outras 23, incluindo 18 crianças e uma mulher.

Moradores locais disseram que a coligação tinha como alvo os combatentes Huthi, que se esconderam num área residencial perto do local da queda do avião da coligação.

Pelo menos três casas foram destruídas nos ataques aéreos da coligação, matando todas as pessoas lá dentro, segundo as mesmas fontes.

A queda do avião e os ataques aéreos ocorreram num contexto de fortes confrontos entre as forças do Governo iemenita e os Huthis nas províncias de Marib, Jawf e Sana.

Centenas de pessoas, a maioria combatentes, foram mortas nos recentes confrontos que também obrigaram pelo menos 4.700 famílias a fugir, segundo a ONU.

Numa campanha implacável, os ataques aéreos liderados pelos sauditas atingiram escolas, hospitais e festas de casamento e mataram milhares de civis iemenitas. Os Huthis usaram 'drones' e mísseis para atacar a Arábia Saudita.

A coligação liderada pela Arábia Saudita, composta principalmente por países árabes, luta contra os rebeldes Huthis desde o início de 2015, quando interveio para restaurar a autoridade do Governo liderado pelo Presidente iemenita, Abed Rabbo Mansour Hadi, que é reconhecido internacionalmente.

Segundo o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês), pelo menos 100.000 pessoas morreram desde 2015 na guerra civil no Iémen, depois da entrada da coligação internacional no conflito, que começou em meados de 2014 com os Huthis a ocuparem a capital, Sanaa.

A ONU estima em 3,3 milhões o número de deslocados e em 24,1 milhões os que precisam de assistência.

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