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Israel prepara-se para novas legislativas cinco meses depois das últimas

Os cidadãos e os partidos de Israel preparam-se a partir de hoje para novas eleições antecipadas, a 17 de setembro, após o parlamento eleito a 9 de abril ter aprovado a sua dissolução na quarta-feira.

Israel prepara-se para novas legislativas cinco meses depois das últimas
Notícias ao Minuto

14:09 - 30/05/19 por Lusa

Mundo Dissolução do parlamento

Menos de dois meses depois de ter feito um discurso de triunfo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reconheceu que não conseguia formar Governo e votou com outros 73 deputados a favor da dissolução do parlamento com a legislatura mais curta na história do país.

O Likud, partido de Netanyahu, evitou assim que o presidente Reuven Rivlin atribuísse a outro deputado a tarefa de formação de uma coligação governamental, o que poderia ameaçar a sua continuidade à frente do executivo.

Rivlin teria convidado provavelmente o líder da oposição, Benny Gantz, da aliança Azul e Branco, que após a votação no parlamento acusou Netanyahu de ter escolhido a autopreservação em vez de permitir que o processo político seguisse o seu curso.

Após um dos maiores fracassos da sua vida política, Netanyahu, 69 anos, necessita de manter uma imagem de solidez.

Para as eleições de setembro, os analistas não esperam muitas mudanças nos padrões de voto e Netanyahu terá de constituir um executivo o mais rápido possível para tentar aprovar a reforma judicial que lhe garanta imunidade face à investigação por corrupção que pesa sobre si.

No início de outubro, duas semanas após as eleições, Netanyahu tem marcado um encontro com o procurador-geral, Avichai Mandeblit, que em fevereiro anunciou que acusará o chefe do Governo em três casos de corrupção, decisão pendente dessa audiência preliminar.

O Likud já começou a procurar alianças, a primeira das quais foi acordada esta semana com o partido de centro-direita Kulanu, dirigido pelo ex-ministro das Finanças Moshe Khalon.

Segundo a agência noticiosa espanhola EFE, tem ganhado força o rumor de que o Partido Trabalhista (centro-esquerda), que nas eleições de abril perdeu 13 deputados, se alie ao Meretz (esquerda social-democrata) que se manteve no parlamento (Knesset) à tangente.

Uma das incógnitas das próximas eleições é o apoio que terá o Israel Beiteinu (secular e nacionalista) do ex-ministro da Defesa Avigdor Lieberman, após este ter impedido Netanyahu de formar uma coligação ao recusar ceder numa lei sobre o serviço militar obrigatório para os judeus ultraortodoxos.

A isenção de serviço militar é uma linha vermelha para os partidos ultraortodoxos, Shas e Judaísmo Unido da Torá, os outros potenciais parceiros de Netanyahu.

A coligação centrista Azul e Branco, que obteve em abril o mesmo número de lugares que o Likud, apenas um mês e meio depois de ter sido anunciada, enfrenta agora a campanha com maior experiência.

O partido Nova Direita, criado pelos ministros da Educação, Naftali Benet, e Justiça, Ayelet Shaked, e que não conseguiu entrar no Knesset em abril, terá em setembro uma nova oportunidade.

Também os partidos árabes, que perderam três lugares em abril, não se tendo apresentado de forma conjunta como nas eleições de 2015, podem repensar a estratégia e procurar novas formas de atrair o voto árabe, com escassa participação no último escrutínio.

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