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Irão é "independente" e não cede a pressões económicas, diz presidente

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, disse hoje que o Irão é um país "independente" e não cederá diante de "pressões económicas" e da "guerra psicológica" dos Estados Unidos, que voltou a impor sanções contra Teerão.

Irão é "independente" e não cede a pressões económicas, diz presidente
Notícias ao Minuto

11:32 - 19/11/18 por Lusa

Mundo Hassan Rohani

"Vamos continuar independentes, livres e não vamos ceder à pressão dos Estados Unidos", declarou Rohani num discurso na cidade de Joy, no noroeste do Irão, publicado no portal da Presidência iraniana.

O Presidente iraniano sublinhou que "os inimigos estão a tentar exercer pressão económica e a travar uma guerra psicológica contra o povo iraniano porque pensam que as pessoas se vão render à sua intimidação".

"Os governantes da Casa Branca devem saber que o povo do Irão é valente e grandioso e que não nos rendemos a nenhum poder", acrescentou.

Rohani também disse que as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o setor energético iraniano este mês "fracassaram" e que o Irão continuará a exportar petróleo.

Além disso, observou que o Irão não lançou uma guerra económica a ninguém, mas os Estados Unidos querem vingança "devido ao seu fracasso consecutivo na região".

"Faremos todos os nossos inimigos compreenderem que não nos podem desviar do caminho dos nossos objetivos com pressão sobre a população e criando problemas económicos", disse.

Os Estados Unidos impuseram a sua segunda e última ronda de sanções contra Teerão no início deste mês, penalizando os setores energético e financeiro, depois de o Presidente Donald Trump se retirar do acordo nuclear multilateral de 2015 em maio passado.

O objetivo de Washington é mudar a política iraniana no Médio Oriente, onde Teerão apoia o regime sírio e o grupo libanês Hezbollah, e suspender o seu programa de armas, especificamente o desenvolvimento de mísseis balísticos.

Os outros signatários do acordo nuclear - Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha - estão a estudar maneiras de combater essas sanções e garantir parte dos benefícios económicos que o Irão obteve com o pacto.

Sobre esta questão, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Bahram Qasemi, disse no domingo que o Irão espera que a União Europeia (UE) opere os mecanismos necessários para contornar as sanções "o mais rápido possível."

Qasemi referia-se ao veículo de propósito especial (SPV, na sigla em Inglês) que pretende ser um canal de pagamentos para facilitar o comércio com o Irão, incluindo as vendas de petróleo.

Estas declarações coincidem com a visita a Teerão do ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Jeremy Hunt, para discutir o futuro do pacto nuclear e política iraniana nos conflitos da Síria e no Iémen.

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