Desde pequenos que os hidratos de carbono nos são apresentados como verdadeiros vilões da dieta. Ora porque fazem engordar, ora porque fazem mal à pele. Esta tendência de fazer dos hidratos de carbono o bicho-papão da boa saúde tanto está correta como está errada.

Parece confuso, mas vamos por parte. Em primeiro lugar, há dois tipos de hidratos de carbono que, na prática, podemos dizer que são os maus e os bons. Os maus são os hidratos de carbono simples, aqueles que vêm carregados de açúcar e amido e que fazem aumentar a glicose no sangue, não dando uma sensação de saciedade e impulsionando a gula por mais. Depois, existem os hidratos de carbono complexos, os bons e que fazem verdadeiramente bem à saúde. Aqui incluem-se maioritariamente as frutas, os vegetais, os grãos e os cereais integrais.

Deste modo, dizer que os hidratos de carbono fazem engordar apenas faz sentido quando se fala nos hidratos simples, que são facilmente reconhecidos no pão branco, nos bolos, nas bolachas, nas massas e em todos os alimentos processados e que se comem diariamente.

Mas se formos olhar para o porte calórico, até podemos ir mais longe, uma vez que um grama de hidratos de carbono tem exatamente as mesmas calorias do que um grama de proteína, ou seja 4 calorias por grama. Por isso, os hidratos de carbono engordam mais do que a proteína? Não necessariamente, a não ser, mais uma vez, que se opte pelas versões refinadas e processadas.

Embora o consumo de hidratos de carbono seja importante para a boa saúde – uma vez que são o verdadeiro combustível do organismo – são ainda muitas as pessoas que caem no erro de reduzir drasticamente a quantidade diária ingerida, colocando não só o bem-estar em risco como até mesmo a própria saúde.

E como é que se pode saber se se está a exagerar na redução diária de hidratos de carbono? Primeiro, conseguindo diferenciar os bons e os maus e, depois, lê-se no site Bustle, dando ouvidos a todos os sinais que o corpo dá e que são o melhor espelho de que algo de errado está a acontecer.

De acordo com a publicação, são estes os nove sinais claros de que precisa de comer mais hidratos de carbono:

1 – Sensação cansada constante ao longo do dia e que resulta da falta de ‘combustível’, visto que os hidratos de carbono complexos são mesmo a melhor fonte de energia que se pode dar ao corpo.

2 – Má saúde digestiva. Uma vez que a redução do consumo de hidratos de carbono não tende a olhar a tipo, acaba-se por cair no erro de banir quase todas as boas fontes de fibra, um nutriente fundamental para a boa saúde digestiva e para evitar a prisão de ventre.

3 – Sensação de fome constante, pois a proteína e a gordura até têm um certo poder saciante, mas a verdade é que o cérebro precisa dos hidratos de carbono complexo para se sentir ‘pleno’.

4 – Níveis de açúcar no sangue reduzidos. Ter os níveis de açúcar no sangue controlados é fundamental para prevenir problemas como a diabetes tipo 2, contudo,e novamente, os extremos são sempre penosos e ter os níveis de açúcar demasiado reduzidos pode ser igualmente penoso para a saúde, uma vez que aumenta a sensação de fraqueza, dor de cabeça e cansaço.

5 – Carência de magnésio, um micronutriente fundamental para os músculos e que se encontra maioritariamente nas frutas e vegetais. Estes são sintomas de carência de magnésio.

6 – Níveis de vitamina B demasiado baixos, visto que o consumo de hidratos de carbono complexos foi reduzido indevidamente. Diz a publicação que a quinoa, os grãos integrais e o amaranto são exemplos de bons hidratos para prevenir este problema.

7 – Esquecimentos diários e que resultam do cansaço que o cérebro sente por ter que encontrar novas fontes de energia, mesmo que estas não existam.

8 – Dificuldade em completar o exercício físico e, mais uma vez, devido à falta de energia e consequente cansaço.

9 – Vontade imensa de comer pão ou outro hidrato de carbono que foi banido da alimentação. Quando o organismo não recebe hidratos de carbono, sente-se uma maior vontade de comê-los, porém, essa vontade recai quase sempre nas versões refinadas e que não fazem bem à saúde.