Deixar de fumar é um dos maiores desafios. Quem fuma ou já fumou sabe o sacrifício que é dizer ‘não’ a um cigarro e mentalizar-se que deve deixar de fumar pela sua saúde e pela dos seus.

Algumas pessoas conseguem deixar de fumar de um momento para o outro, outras conseguem com poucos dias, mas existem muitos casos de fumadores que tentaram durante anos a fio sem sucesso. Mas nem tudo está perdido.

Naquele que é o Dia Europeu do Ex-Fumador, sabe-se que a Medicina Tradicional Chinesa ajuda 90% das pessoas a deixarem de fumar, assumindo uma grande taxa de eficácia na perda deste vício.

Num comunicado enviado às redações esta segunda-feira, Hélder Flor, especialista nesta terapêutica alternativa revela que “é muito fácil percebermos como o nosso organismo está todo interligado quando vemos uma pessoa que deixa de fumar a sentir-se mais nervosa e irritada nos dias a seguir, ou a substituir o vício da nicotina por comida. Se estamos apenas a trabalhar a questão do tabaco, estamos a fechar os olhos a todos estes efeitos”.

De acordo com a mesma nota, estas medicinas não convencionais mostram-se mais eficazes do que os métodos tradicionais para deixar de fumar, que incluem os fármacos e adesivos e pastilhas de nicotina. Mais concretamente, a acupuntura apresenta uma taxa de eficácia na ordem dos 90% dos casos e sem efeitos nefastos.

Contudo, o sucesso na hora de deixar de fumar depende (e muito) de pessoa para pessoa e da sua motivação para o conseguir, podendo outras áreas serem tão ou mais eficazes do que a Medicina Tradicional Chinesa. O desporto e a psicologia são duas das opções a ter em conta, não só para ganhar mais saúde, como também para fortalecer a mente e a vontade de querer abdicar deste hábito nocivo para a qualidade de vida.

Segundo a Sociedade Portuguesa do Pulmão, “a dependência do tabaco é uma doença crónica, que requer intervenções repetidas e é essencial que os profissionais de saúde forneçam aconselhamento e tratamento apropriado, do mesmo modo que o fazem para outras doenças crónicas, tais como a hipertensão, a diabetes, ou o colesterol elevado”.

Para ajudar os fumadores, destaca o organismo no seu site, “todos os profissionais de saúde devem estar familiarizados com os vários tipos de intervenções e o espectro atual de terapêuticas eficazes”, que são eles a combinação do “aconselhamento e suporte comportamental com farmacoterapia”.

Quanto aos fármacos usados para deixar de fumar, a Sociedade Portuguesa do Pulmão revela que existem dois tipos: os de primeira linha, onde se incluem os substitutos de nicotina, o cloridrato de bupropiona e a vareniclina: e os de segunda linha, a nortriptilina e a clonidina.

A melhor forma de um fumador conseguir deixar de fumar sem sofrer uma recaída é recorrendo ao aconselhamento especializado, que pode começar com o médico de família ou com um terapeuta.