Ensinar alunos a dizer palavrões ajuda-os no seu desenvolvimento?
“Evitamos utilizar linguagem forte na presença de crianças, até que a conheçam por si e a saibam usar. Defendo com veemência que devemos revisitar essa atitude”, defende professora.
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Ensinar os alunos a dizer asneiras pode ajudá-los a entender melhor a linguagem, garante a neurocientista e professora britânica Emma Byrne, em declarações à publicação The Sunday Times. “Dizer palavrões faz parte do desenvolvimento infantil”, afirma.
“Aprender a dizer asneiras, com o apoio de adultos, é preferível a banir de todo que usem essa linguagem”, explica Byrne.
“Falar abertamente sobre o porquê de dizermos asneiras pode ajudar a desmistificar não apenas as palavras, mas também as emoções das pessoas que rodeiam os mais novos”, continua.
E acrescenta: “Estamos a ajudá-los a desenvolver capacidades de sociabilidade e de empatia. As crianças precisam de aprender como as palavras que proferem podem afetar os outros”.
Pesquisas recentes sugerem que dizer profanidades alivia o estado mental do cérebro e até a sensação de dor.
Recentemente, foi pedido aos participantes que participaram num estudo, conduzido pelo investigador Richard Stephens, docente na Universidade de Keele, no Reino Unido, para que mergulhassem as mãos em água gelada: numa ocasião enquanto diziam palavrões e numa outra em que usavam palavras neutras. O investigador concluiu que quem se exprimia através de profanidades aguentou, em média, o dobro do tempo.
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