Moody’s e DBRS podem 'mexer' hoje no rating de Portugal
A Moody’s é a única agência de rating que mantém a dívida de Portugal num nível considerado investimento especulativo, mas esse cenário pode mudar esta sexta-feira. Também a DBRS pode pronunciar-se sobre a notação financeira portuguesa.
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Economia Notação financeira
A Moody's é a única das quatro principais agências de rating que ainda classifica Portugal em nível de 'lixo', mas isso pode mudar esta sexta-feira, já que a agência de notação financeira tem agendada uma revisão do rating português. Seguirá os passos à Fitch e à S&P, que recentemente subiram o rating português?
A agência canadiana DBRS pode também pronunciar-se sobre o rating de Portugal, mas as atenções estão centradas na Moody's.
Isto porque a Moody's ainda classifica Portugal em nível especulativo, mas na última revisão, a 1 de setembro, a agência subiu a perspetiva (outlook) da dívida portuguesa, o que pode abrir porta a uma subida do rating.
S&P deu o primeiro passo
Em setembro do ano passado, ninguém adivinhava que a S&P iria subir o rating da dívida pública portuguesa para BBB-, retirando o país do nível especulativo, também conhecido como ‘lixo’. A par desta decisão, a agência atribuiu uma perspetiva ‘estável’, uma vez que considerava que os riscos estavam estabilizados.
Na altura, a agência de rating atribuiu a melhoria à evolução da economia e ao “progresso sólido” na consolidação orçamental. Desde então, já foram conhecidos dados económicos que confirmaram um crescimento de Portugal na ordem dos 2,7% em 2017.
A S&P foi a última das agências de rating a classificar a dívida portuguesa em ‘lixo’ após o resgate da troika, mas foi também a primeira a subir Portugal para nível de investimento, sem antes ter melhorado a perspetiva (outlook) associada ao rating, como normalmente acontece antes destes avaliações.
Agências de rating vão alinhar-se?
Caso a Moody's decida retirar Portugal de 'lixo', junta-se à Fitch - que seguiu os passos à S&P - e também subiu o rating da dívida portuguesa no final do ano passado.
Já a canadiana DBRS foi a única a manter Portugal em nível de investimento durante a crise, o que permitiu que o Banco Central Europeu (BCE) comprasse dívida portuguesa no âmbito do programa de compra de ativos (também conhecido como programa de 'quantitative easing').
Isto porque o BCE só compra dívida de países que estejam classificados em nível de investimento por pelo menos uma das quatro principais agências de rating: a DBRS, a S&P, a Fitch e a Moody's.
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