Alberto Castro espera ver mil milhões a circular na economia este mês
O presidente da Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), Alberto Castro, disse hoje, no Porto, que até ao final deste mês devem estar a circular na economia portuguesa mil milhões de euros para as empresas.
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Economia IFD
"A dotação para os fundos de garantia e contra garantia são de mil milhões, por isso, como muito em breve deve haver a assinatura desses acordos, este mês essa meta estará cumprida", afirmou Alberto Castro a propósito da expectativa de haver mil milhões de euros a circular na economia até julho.
À margem de um almoço-debate sobre 'Os novos desafios do financiamento às empresas: o papel da IFD', que está a decorrer hoje na cidade do Porto, Alberto Castro admitia que ter mil milhões de euros a circular ainda este mês em Portugal eram "boas notícias para este verão", apesar de "ser um campeonato diferente [do Euro 2016], a IFD também quer jogar esse outro campeonato para ver se contrariam "estas sanções que agora se anunciam".
O Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) decidiu hoje, em Bruxelas, que Portugal e Espanha irão ser alvo de sanções por não terem adotado "medidas eficazes" para corrigirem os défices excessivos, adotando as recomendações da Comissão Europeia.
Em maio, ficou a saber-se que a Instituição Financeira de Desenvolvimento, mais conhecida como banco de fomento, iria conseguir injetar cerca de mil milhões de euros na economia até julho e ainda mais cerca de 500 milhões ainda em 2016.
Questionado pela Lusa sobre o que é que a IFD podia anunciar sobre financiamentos às empresas, o presidente daquela instituição afirmou que ia "haver muito em breve dinheiro a fluir".
"Aquilo que adicionalmente se pode dizer é que a IFD está em conjunto com o Governo (...), a preparar um conjunto de outros instrumentos, que esses sim são inovadores, e que darão resposta àquilo que achamos que são necessidades de restruturação empresarial, sobretudo no caso do capital reversível, e a necessidades de empresas que vão para além das PME (...) e que elas são também vitais na dinamização da economia portuguesa, nomeadamente em regiões como o Norte e o Centro, onde há empresas que têm, por exemplo, bastante emprego, embora possam ter faturações relativamente reduzidas", explicou.
Segundo Alberto Castro, está em curso o concurso para 'Business Angeles', que fecha de hoje a oito dias, e está em curso o concurso para dotação de fundos para capitais de risco, que se estende até agosto".
"Aquilo que nós sabemos é que estes dois concursos, que referi, têm tido um interesse muito grande junto da IFD em vários contactos e há uma expectativa de que haja um número assinalável de candidatos", informou.
Sobre o fundo para capital reversível, que era, em certa medida, a única coisa realmente nova nesta primeira fase, Alberto Castro afirmou que se estão a ultimar "alguns aspetos do regulamento", porque sendo um fundo novo e tendo apenas, numa primeira fase, uma aplicação da região norte, "há sempre alguns aspetos que vão falhando e que depois na conversa entre as várias entidades que estão envolvidas - Economia, Fundos Estruturais e Finanças) -- temos a expectativa de que muito em breve possa ser posto esse fundo em concurso".
A IFD está, atualmente, a "gerir instrumentos financeiros com Fundos Europeus de Investimento (FEEI) -- a única atividade autorizada nesta fase pela Direção Geral da Concorrência.
A IFD tem dois objetivos para o futuro: um é o "financiamento por grosso junto de instituições multilaterais e ou congéneres que depois são repassadas à banca comercial, alargando a atividade às 'small mid caps' (empresa de médio porte que apresentam uma liquidez boa e que vão até 500 trabalhadores) e a "criação da 'holding IFD'", que juntará "várias entidades existentes na área do financiamento da economia e da internacionalização", lê-se numa nota de imprensa divulgada hoje.
O evento serviu para apontar as oportunidades conferidas pela IFD ao tecido empresarial em matéria de captação de financiamento, explica aquela instituição.
A organização do evento esteve a cargo da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã, em parceria com a Associação Nacional de Jovens Empresários e as Câmaras de Comércio e Indústria Luso-Britânica, Colombiana e Belga-Luxemburguesa.
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