Presidente polaco quer manutenção do equilíbrio entre investimento português e impostos
O Presidente polaco, Andrzej Duda, disse hoje em Lisboa que o seu país pretende "manter o equilíbrio relacionado com as empresas portuguesas e os respetivos impostos" que são pagos no seu país.
© Reuters
Economia Andrzej Duda
"Não podemos entrar de rompante em normas não razoáveis ou exorbitantes e, assim sendo, queremos manter o equilíbrio relacionado com as empresas portuguesas e os respetivos impostos pagos na Polónia", disse.
O chefe de Estado polaco respondia a uma questão de um jornalista polaco no decurso de uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo Marcelo Rebelo de Sousa, que no final da manhã o recebeu no Palácio de Belém.
Andrzej Duda, que hoje efetuou uma visita de trabalho a Portugal no âmbito dos trabalhos preparatórios da cimeira da NATO, prevista para julho em Varsóvia, confirmou que a "problemática da cooperação económica entre Portugal e Polónia, a questão do investimento e das empresas portuguesas na Polónia, e a respetiva taxação, os impostos decorrentes da sua presença" no país, foi um dos assuntos abordados no encontro com Marcelo Rebelo de Sousa.
"Cada país implementa a sua própria política de impostos, e temos de implementar a política sustentável e razoável em relação às empresas portuguesas presentes na Polónia", assinalou ainda.
No dia 25 de janeiro, o ministério das Finanças polaco anunciou que vai introduzir uma taxa que terá impacto nas cadeias de supermercados internacionais que operam na Polónia, como é o caso da portuguesa Jerónimo Martins ou da francesa Carrefour.
Apelidada de "taxa do supermercado", esta medida será aplicada a retalhistas que tenham lucros anuais superiores a 300 milhões de zloty (cerca de 67 milhões de euros).
O imposto será de 1,3% sobre os seus ganhos, referiu o ministro das Finanças polaco, em comunicado então citado pela agência noticiosa France Presse. Nas cadeias de supermercados que tenham lucros inferiores a 67 milhões de euros o imposto aplicado será de 0,7%.
O Ministério das Finanças polaco espera encaixar dois mil milhões de zloty (447 milhões de euros) com a imposição da taxa dos supermercados este ano.
O Governo adiantou que o dinheiro será usado para programas sociais.
O Ministério das Finanças considerou que a imposição da medida não irá aumentar os preços para os consumidores.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com