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"A minha avó costumava dizer: A benevolência vem antes da devassidão"

Sobre a atual crise na Europa, diz o ministro das Finanças germânico que “o que está em melhor posição deve ajudar o mais fraco. Tentei fazer isso”.

"A minha avó costumava dizer: A benevolência vem antes da devassidão"
Notícias ao Minuto

10:10 - 21/07/15 por Notícias Ao Minuto

Economia Schäuble

Wolfgang Schäuble é, por esta altura, figura central na atual Europa. Firme defensor da austeridade como “medicamento” de economias mais débeis, Schäuble goza neste momento de uma cada vez maior popularidade entre alemães (superando por vezes a de Merkel). Enquant na Grécia é das figuras mais demonizadas.

Numa entrevista ao Der Spiegel, que hoje surge em traduzida em português na edição impressa do Diário de Notícias, o governante germânico fala sobre o euro, a Grécia e o que vê para o futuro da Europa.

Questionado sobre se anda há meses a tentar a saída da Grécia do euro, algo de que Yanis Varoufakis o acusou, Schäuble nega e diz que o importante é “encontrar uma solução sustentável a longo prazo”.

É por isso que “temos de solidificar ainda mais os alicerces da união monetária”, diz Schäuble, que logo de seguida revela um pouco do que o move nesta ideia: “a minha avó costumava dizer: a benevolência vem antes da devassidão. Há um tipo de generosidade que pode originar rapidamente o oposto daquilo que se pretende”.

Ao Spiegel, já sobre as dificuldades de o governo grego implementar novo programa de resgate, o ministro das Finanças alemão diz que “ele [Tsipras] prometeu implementar o programa, apesar de não acreditar nele- Portanto, vamos ver”, responde forma defensiva.

Relativamente à austeridade, e ao que é esperado agora da Grécia após cinco anos de falhanço, diz Schäuble que “o problema é que durante os últimos cinco anos o medicamento não foi tomado como prescrito”. Segue-se, portanto, mais do mesmo medicamento.

Já sobre a posição de força da Alemanha na Europa, defende Schäuble que “não há qualquer supremacia alemã”, embora defina como “inegável” a “boa posição económica” da Alemanha. Já sobre a zona euro, embora admita eventuais alterações aos tratados, Schäuble está confiante na moeda única, embora esta exija negociações entre diversos governos. “Estabilizámos com sucesso a zona euro”, diz mesmo sobre os últimos anos, citando Portugal como um exemplo entre outros de países onde já há “desenvolvimento económico muito positivo”, após a aplicação dos programas de ajustamento.

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