A mãe de Mohamed A., o recluso de 30 anos que está em fuga após a carrinha prisional em que seguia ter sido alvo de uma emboscada deliberada na região de Eure, França, revelou estar desolada com o sucedido.
"Desmoronei, chorei - estava tão mal - como é que vidas podem ser tiradas desta maneira?", começou por afirmar, em entrevista à emissora francesa RTL, sobre o ataque que provocou a morte de dois guardas prisionais.
A mãe descreveu também a vida do filho no sistema prisional, dando conta que ele era "arrastado de um lado para o outro, que o punham em isolamento em vez de o condenarem de uma vez por todas".
A mulher acrescentou ainda que foi visitá-lo a várias prisões onde esteve, mas que o filho "nunca revelou nada". "Ele não fala comigo. É meu filho, mas não fala comigo sobre nada. Não percebo", acrescentou.
Recorde-se que dois guardas prisionais foram mortos e outros dois ficaram em estado crítico, depois de terem sido alvejados, esta manhã, durante um ataque à carrinha prisional onde seguiam. O incidente aconteceu numa portagem de Incarville, na região de Eure.
O alerta foi dado cerca das 11h00 (hora local) e na fuga estiveram envolvidos dois veículos, bem como um recluso. Em causa, estaria o objetivo de libertar o preso transportado no momento do incidente.
Um dos carros, um Audi A5 branco, foi descoberto queimado na cidade de Vatteville. O segundo, um BMW série 5, fugiu na direção de Louviers e Evreux.
Uma caça a Mohamed A., mais conhecido como 'La Mouche', está em curso. "Todas as forças estão mobilizadas para deter o recluso", indicou uma fonte policial ao Le Figaro.
O suspeito tem 30 anos e estava preso por uma acusação de roubo e por ser suspeito de "tentativa de homicídio num grupo organizado" em Saint-Étienne-du-Rouvray. Nascido em 1994, o recluso seria também o cabecilha de uma rede de tráfico de drogas.
Veja as imagens do local onde ocorreu a emboscada na galeria acima.
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