POUPANÇA NO MINUTO
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"Saída da troika é efetivamente algo que merece destaque"
No seu comentário semanal no programa ‘Política Mesmo’, da TVI 24, Manuela Ferreira Leite destacou os três pontos mais marcantes do ano 2014. Sem querer entrar nos casos mais recentes de José Sócrates, do BES e da Portugal Telecom, a ex-ministra das Finanças decidiu salientar os momentos dos quais já se sentem consequências.
© DR
Economia Ferreira Leite
“Este ano tem episódios marcantes, como o caso de Sócrates, do BES e da PT, mas são casos dos quais ainda não se consegue avaliar as suas consequências. Deixam marcas mas não sabemos a dimensão da marca”.
As palavras de Manuela Ferreira Leite excluíram, desde logo, os mais recentes casos mediáticos em Portugal daqueles que considera serem os mais marcantes do ano que está a terminar.
No seu comentário semanal no programa ‘Política Mesmo’, da TVI 24, a antiga ministra das Finanças destacou a saída da troika que, a seu ver, “é efetivamente algo que merece destaque”. “Talvez ainda não se note muito [as consequências da saída]. [Mas] É evidente que tudo o que se passará a partir daí é que o Governo tem agora liberdade de seguir caminho, é o responsável pelas decisões tomadas”, disse.
Contudo, Manuela Ferreira Leite criticou a evocação ainda presente do Memorando de Entendimento. “Ainda se ouve evocações ao memorando, mas considero que o memorando não deve ser evocado. É um documento que não mais deveria ser evocado, a sua referência deveria ser apenas histórica. Admito que possa haver algum otimismo”, frisou.
A “alteração bastante grande das normas e orientações europeias” foi o segundo ponto destacado por Ferreira Leite, que quis sublinhar que “a Europa mudou relativamente a preocupações e o problema da dívida pública deixou de ser tabu não só em Portugal como em geral”.
Para a ex-governante o ano 2014 ficou também marcado pela “posição formal do Papa sobre estes aspetos”, pois, disse, “assumiu o discurso anti economicista”.
Quanto a 2015, Ferreira Leite destacou as eleições legislativas e disse que a Segurança Social (SS) será um dos pontos em que os partidos que vão a votos devem “dizer ao que vão”.
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