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É "dolorosamente claro" que UE não pode depender de energia russa

A Comissão Europeia disse hoje ser "dolorosamente claro" que a União Europeia (UE) não pode depender energeticamente da Rússia, dado o aumento exponencial dos preços e os problemas no fornecimento, prometendo ainda "medidas extraordinárias" de apoio.

É "dolorosamente claro" que UE não pode depender de energia russa
Notícias ao Minuto

12:54 - 03/03/22 por Lusa

Economia Comissão Europeia

"Tornou-se dolorosamente claro que não podemos dar-nos ao luxo de deixar a qualquer país terceiro o poder de desestabilizar os nossos mercados energéticos ou influenciar as nossas escolhas energéticas", referiu a comissária europeia da Energia, Kadri Simson, em Bruxelas.

Intervindo na comissão de Indústria do Parlamento Europeu sobre a situação energética na Europa, em altura de guerra na Ucrânia e de tensões geopolíticas vindas da Rússia, a responsável europeia da tutela admitiu que a UE está "confrontada com múltiplos desafios", como problemas na "segurança do aprovisionamento" e no acesso a "energia a preços acessíveis".

No que toca à escalada de custos da luz e do gás, que já era anterior à guerra e cujo contexto piorou devido ao confronto, a comissária europeia da Energia apontou que, "além do risco de um choque na segurança do aprovisionamento, existe também o risco de um choque nos preços", que devem continuar altos todo o ano.

"A Comissão está a trabalhar em medidas que poderiam ser tomadas a curto e médio prazo e iremos apresentar isto sob a forma de uma comunicação na próxima semana, mas [...] estamos ainda prontos para propor medidas extraordinárias no caso de uma escalada de preços que ameace a nossa resiliência social e económica", garantiu.

Segundo Kadri Simson, é também "claro que esta crise em curso [causada pela invasão russa da Ucrânia] irá ter impacto nos mercados energéticos europeus e na segurança do aprovisionamento".

"Sabemos que os nossos mercados energéticos continuam a ser muito limitados e, em última análise, a nossa preparação depende da nossa capacidade de diversificar substancial e eficazmente os fornecimentos do nosso principal fornecedor atual e de preencher as nossas capacidades de armazenamento de gás antes do início do próximo inverno", adiantou.

Em dezembro passado, a Comissão Europeia propôs uma alteração ao regulamento relativo à segurança do aprovisionamento de gás para reforçar o quadro de segurança com medidas específicas para melhor coordenar o armazenamento e permitir a aquisição conjunta de reservas estratégicas, bem como o reforço da solidariedade entre os Estados-membros.

A Rússia é responsável por mais de 40% das importações anuais de gás natural da UE.

Na madrugada de 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

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