Governo alemão aprova orçamento retificativo com mais dívida
A Alemanha vai contrair em 2021 um montante recorde de endividamento devido às consequências económicas da pandemia de covid-19, segundo o orçamento retificativo aprovado hoje em conselho de ministros.
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Economia Alemanha
O montante previsto é de 240,2 mil milhões de euros, um terço acima do que estava inicialmente previsto em dezembro passado.
"Estamos a adotar os meios necessários para enfrentar as consequências económicas e financeiras da pandemia", justificou o ministro das Finanças, Olaf Scholz.
Após uma década a acumular excedentes orçamentais, a Alemanha contraiu 370 mil milhões de euros de dívida entre 2020 e 2021 devido à crise sanitária.
A Alemanha prevê contrair 81,5 mil milhões de euros de novos empréstimos em 2022, afastando-se pelo terceiro ano consecutivo das regras constitucionais destinadas a travar o endividamento, que impedem que sejam contraídos empréstimos anuais superiores a 0,35% do Produto Interno Bruto (PIB).
O Governo alemão tinha sempre dito que queria regressar ao rigor orçamental em 2022, depois de uma suspensão das regras em 2020 e 2021. Agora, há a vontade de voltar ao equilíbrio orçamental em 2023.
Face ao agravamento da situação sanitária, Berlim decidiu na terça-feira prolongar até 18 de abril medidas restritivas que acabam por penalizar as finanças.
Muitas lojas estão fechadas desde dezembro, o mesmo acontecendo com bares, restaurantes, cafés e locais de entretenimento desde novembro.
As associações de comerciantes receiam que o prolongamento das restrições possa levar ao encerramento de 120.000 lojas.
O ministro da Economia, Peter Altmaier, prometeu anunciar apoios adicionais para os setores mais afetados nos próximos dias.
A situação leva o Bundesbank (banco central) a prever uma possível queda do PIB no primeiro trimestre deste ano.
O Governo alemão indicou anteriormente que prevê um crescimento de 3% em 2021 e um regresso a um nível anterior ao da crise a meio de 2022, após um recuo de 4,9% em 2020.
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