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Carris com "algum entendimento" nas negociações salariais
As negociações do Acordo de Empresa entre os trabalhadores da Carris e a administração da empresa mostram "algum entendimento" em algumas cláusulas, mas em matéria salarial há uma "completa discordância", disse hoje à Lusa fonte sindical.
© Global Imagens
Economia Carris
"Existe algum entendimento em algumas alterações ao clausulado do Acordo de Empresa, mas em matéria salarial há uma completa discordância com o valor apontado", disse Manuel Leal, da Fectrans - Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal.
De acordo com o sindicalista, a atualização proposta pelo conselho de administração da empresa foi de 10 euros, que será agora apresentada aos trabalhadores em plenários descentralizados para que estes tomem uma posição.
No entanto, Manuel Leal reconheceu que, desde 2009, que os trabalhadores estão a ser lesados, lembrando que se os salários tivessem sido atualizados "unicamente como resultado da inflação nos últimos anos", seriam agora "superiores em cento e poucos euros".
"Apresentámos uma proposta de 90 euros [de aumento] e iremos, neste processo discutir uma proposta com os trabalhadores da Carris", explicou o sindicalista,
Em cima da mesa das negociações estão ainda temas como a atribuição do subsídio de pronto-socorro, o alargamento do horário para a atribuição do subsídio diário aos trabalhadores que não tem transportes, o pagamento em numerário da parte do subsídio de refeição que não é sujeito a impostos, aos trabalhadores interessados.
De acordo com a Fectrans, a administração da Carris deverá reclamar junto da Câmara de Lisboa e da Área Metropolitana de Lisboa (AML), a criação do passe com abrangência a toda a área da AML, além da criação de um subsídio de produtividade "que se justifica e exige, mais do que nunca, no tempo em que vivemos"
"Falámos na necessidade deste [subsídio de produtividade]. É que não basta dizer que 'estamos na linha da frente'. É preciso que o reconhecimento seja feito aos trabalhadores da Carris, que nunca deixaram de prestar um serviço publico, fundamental para a mobilidade das pessoas, o funcionamento da empresa e a evolução da economia", sublinha o sindicato.
A próxima reunião entre a empresa e o sindicato ficou agendada para 10 de março.
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