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Peso económico não é 'arma de arremesso' mas deve ter efeitos orçamentais

Os politécnicos não querem transformar o seu peso económico regional numa "arma de arremesso político", mas esperam que os dados que mostram a sua capacidade reprodutiva do investimento público e de geração de riqueza local tenham consequências orçamentais.

Peso económico não é 'arma de arremesso' mas deve ter efeitos orçamentais
Notícias ao Minuto

05:00 - 04/04/19 por Lusa

Economia Politécnicos

"Aquilo que nós demonstramos é que o investimento no ensino superior em Portugal, sobretudo politécnico, é altamente reprodutivo", disse à Lusa o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos.

Para o representante dos politécnicos, "essa é talvez a mensagem mais importante", defendendo que qualificar pessoas e transferir conhecimento para a sociedade "é talvez a arma mais poderosa que um país pode ter".

"Por outro lado, esta é a nossa missão, enquanto instituições públicas, de fazer esse retorno à sociedade. E, portanto, não entendemos isso como uma arma de arremesso político", disse.

É, antes sim, "uma forma muito clara de demonstrar a credibilidade [...] e o impacto económico" destas instituições, acrescentou o representante dos politécnicos em entrevista a propósito da divulgação do estudo 'O impacto económico dos institutos superiores politécnicos em Portugal', da responsabilidade do (CCISP), que analisa os impactos diretos e indiretos da presença de 12 destes institutos nas regiões onde se inserem e que é hoje apresentado numa sessão na Escola Superior de Enfermagem de Lisboa.

O programa do evento previa a presença de dois secretários de Estado, mas, afinal, João Sobrinho Teixeira, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que deveria abrir a sessão e João Correia, secretário de Estado da Economia, que deveria encerrá-la, não vão estar presentes.

A pensar num futuro um pouco mais distante do que o dia de hoje, Pedro Dominguinhos disse que as suas expectativas são, sobretudo, orçamentais.

"Aquilo que eu espero é que o poder político, seja qual for, reconheça o papel decisivo das instituições de ensino superior e, no caso as politécnicas, desempenham para a sociedade [...] um orçamento é sempre um local de escolhas e não são fáceis, naturalmente, consigo compreender que não sejam fáceis, mas aquilo que sabemos é que o dinheiro que é colocado no ensino superior têm efeitos reprodutivos significativos, como poucos setores na economia em Portugal possuem", acentuou.

Para Pedro Dominguinhos, "quando um euro se transforma em três ou em quatro ou em cinco, na realidade, significa que as instituições têm uma capacidade muito forte".

"Por outro lado, estamos a falar de instituições que reproduzem conhecimento e criam valor para os locais e, portanto, a instalação de uma instituição de ensino superior não tem o mesmo valor económico numa região do que um serviço público, como as finanças. Não é que não sejam relevantes, mas a capacidade de reproduzir o conhecimento e a capacidade de gerar valor para regiões é completamente distinta", acrescentou.

O presidente do CCISP lembrou que a vitalidade das instituições, e consequentemente das regiões, depende da sua capacidade de serem competitivas, sobretudo a nível internacional, onde muito do financiamento se decide, mas para o qual o financiamento público e a sua estabilidade são essenciais para garantir os meios que as instituições precisam para alcançar resultados.

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