Carlos Costa não teria problema com resultado mas não pode ser reavaliado
O governador do Banco de Portugal disse hoje que não teria qualquer "problema com o resultado" de uma reavaliação das suas condições para liderar o banco central, mas indicou que tal não está contemplado na lei.
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Economia CGD
"Se eu me submetesse, não tenho nenhum problema com o resultado", disse Carlos Costa ao deputado do PS João Paulo Correia, referindo, contudo, que o "regime [legal] não prevê a reavaliação do governador".
O governador do Banco de Portugal está hoje a ser ouvido na comissão de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), na Assembleia da República, em Lisboa, no âmbito da auditoria feita pela EY à gestão do banco público entre 2000 e 2015.
A auditoria revelou concessão de créditos mal fundamentada, atribuição de bónus aos gestores com resultados negativos, interferência do Estado e aprovação de empréstimos com parecer desfavorável ou condicionado da direção de risco, com prejuízos significativos para o banco público.
Carlos Costa foi administrador do banco público entre abril de 2004 e setembro de 2006, com o pelouro de 'marketing' e área internacional.
Na audição de hoje, o responsável do banco central afirmou que a instituição está a avaliar a auditoria para verificar se há motivos para aplicar contraordenações a ex-gestores da CGD.
Já questionado pela deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, sobre se o Banco de Portugal vetou (ainda que informalmente) a ida de Norberto Rosa para o BCP por ter sido administrador da CGD e estar a ser alvo de análise neste processo, Carlos Costa respondeu que é "matéria que só poderia ser discutida noutro contexto, sob reserva".
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