Subconcessão dos Estaleiros significa "renascer" da empresa
O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou hoje que a subconcessão dos terrenos e equipamentos dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) significa o "renascer" da empresa.
© Global Imagens
Economia Aguiar-Branco
"Hoje [os ENVC] renascem com uma perspetiva otimista nas mãos e por via de uma empresa portuguesa e que vai, com certeza, contribuir para que naquela região se mantenha o maior número de postos de trabalho", afirmou.
No entanto, não especificou quantos dos postos de trabalho serão mantidos, reiterando apenas que o objetivo foi, "desde o início", assegurar "o maior número possível".
A administração dos ENVC decidiu adjudicar a subconcessão dos terrenos e infraestruturas ao grupo português Martifer, disse hoje à Lusa fonte daquela empresa pública.
"Hoje assistimos à resolução do principal problema com que me debati desde o início na área da Defesa. Era um grande problema, hoje apresentamos uma solução, só podemos todos ficar satisfeitos por uma situação que há dois anos era de despedimento de todos os trabalhadores e de encerramento da atividade construção naval", acrescentou Aguiar-Branco.
Para o ministro, a subconcessão "é uma alteração muito qualitativa" em relação ao cenário que se colocava aos ENVC há dois anos.
Um cenário que, como reiterou, passava pelo "despedimento puro e duro" de todos os trabalhadores e pelo fim da construção e reparação naval.
Aguiar-Branco acrescentou que nas próximas semanas será feito "um trabalho em conjunto" com a Martifer, para definir os termos da concessão em concreto e o número de trabalhadores que serão necessários para satisfazer as encomendas dos ENVC, entre as quais uma da Venezuela.
Em relação ao concurso de subconcessão, o ministro da Defesa destacou que ele foi "absolutamente isento, transparente e fiscalizado e acompanhado por um júri presidido por um magistrado do Ministério Público, e congratulou-se com o facto de o mesmo ter um "resultado feliz".
"É um resultado feliz, renascem os estaleiros, temos encomendas pela frente para fazer, vamos com certeza manter o maior número de postos de trabalho. Eu diria que é a resolução de um problema que muitos achavam que não era possível que acontecesse", disse ainda.
Aguiar-Branco falava em Vila Nova de Famalicão, à margem de uma visita à fábrica têxtil Riopele, que fecha um conjunto de visitas a empresas e entidades integrantes da Base Tecnológica e Industrial para a Defesa.
O ministro destacou que as indústrias ligadas à Defesa, tanto do setor público como privado, têm capacidade exportadora e também podem contribuir para o crescimento da economia, ajudando assim o país a ultrapassar a crise.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com