Numa jornada reservada aos quartos de final dos quadros masculino e feminino de singulares, o espanhol Alcaraz, de 22 anos, encerrou a sessão no Centre Court com uma exibição de alto nível diante do último jogador da casa ainda em prova, 61.º classificado na hierarquia ATP, que não resistiu à superioridade do adversário e cedeu em três sets, por 6-2, 6-3 e 6-3.
O jovem natural de Múrcia, número dois mundial, precisou de apenas uma hora e 39 minutos para seguir em frente na relva londrina, somando o 23.º triunfo consecutivo esta temporada, antes de defrontar Taylor Fritz na próxima eliminatória.
"Estou feliz por jogar outra meia-final aqui. É realmente especial e algo que procurava desde o início da semana. Estou mesmo contente com o nível que joguei hoje frente a um jogador complicado como o Cam [Cameron Norrie]. Tenho a certeza de que não há mais ninguém a trabalhar tanto como ele, por isso, fico feliz por vê-lo jogar este tipo de encontros", afirmou Carlos Alcaraz, que se tornou no segundo jogador no ativo a atingir três ou mais semifinais de Wimbledon, juntando-se ao heptacampeão Novak Djokovic.
No outro encontro dos quartos de final da jornada de hoje, o norte-americano Taylor Fritz (5.º ATP) precisou de quatro partidas, com os parciais de 6-3, 6-4, 1-6 e 7-6 (7-4), para ultrapassar o russo Karen Khachanov, 'carrasco' do português Nuno Borges na terceira ronda, garantindo assim a estreia no 'top 4' de Wimbledon.
Depois de ter sido vice-campeão do Open dos Estados Unidos, em 2024, o tenista norte-americano, derrotado nos quartos de final por Rafael Nadal, em 2022, e por Lorenzo Musetti, em 2024, vai tentar agora diante do espanhol conquistar pela segunda vez na carreira uma vaga numa final de um torneio do Grand Slam.
"É uma sensação maravilhosa. Obviamente, tendo jogado aqui duas vezes os quartos de final e ter perdido ambas em cinco sets, acho que não conseguiria vencer outra. Por isso, estou muito feliz por jogar as meias-finais aqui", confessou Taylor Fritz, de 27 anos.
Na prova feminina, a bielorrussa Aryna Sabalenka, líder do ranking WTA, sofreu diante da alemã Laura Siegemund (104.ª WTA), que averbou o primeiro set, mas conseguiu levar a melhor ao fim de duas horas e 54 minutos, pelos parciais de 4-6, 6-2 e 6-4.
Apesar de uma exibição repleta de altos e baixos e pautada por muitos erros (36 face aos 29 'winners'), Sabalenka apurou-se pela terceira vez para a fase seguinte do torneio londrino, 12.ª meia-final da carreira em torneios do Grand Slam, tendo agora pela frente a norte-americana Amanda Anisimova, que bateu a russa Anastasia Pavlyuchenkova, por 6-1 e 7-6 (11-9).
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