Gilberto Rafael Mora Zambrano é, provavelmente, um nome que pouco diz aos adeptos do futebol. Ainda assim, e por estes dias, o jogador nascido em 14 de outubro de 2008 , em Tuxtla Gutiérrez, no México, entrou para a história do futebol mundial.
Com 16 anos e 265 dias, a promessa mexicana tornou-se não só no jogador mais jovem de sempre a marcar presença na final de um torneio internacional, como também no mais jovem a conquistar um título internacional enquanto sénior.
Mora foi utilizado, na madrugada de domingo para segunda-feira, no triunfo do México, por 2-1, contra os Estados Unidos, na Gold Cup, tendo sido titular. O jovem jogador, que pertence aos quadros do Club Tijuana, ultrapassou Pelé, lenda do futebol brasileiro, e Lamine Yamal, jogador espanhol do Barcelona neste ranking particular.
O deu desempenho chamou a atenção de grandes clubes europeus, mas sua transferência para o Velho Continente terá que esperar. Gilberto Mora não pode ser transferido para o exterior devido ao regulamento da FIFA, que proíbe a transferência internacional de jogadores menores de 18 anos, exceto em casos muito específicos.
O médio-ofensivo estreou-se na liga mexicana a 19 de agosto de 2024, com apenas 15 anos, e marcou o seu primeiro golo enquanto profissional no final da mesma temporada. Com a seleção mexicana, o prodígio mexicano estreou-se nos quartos de final da Gold Cup e acabou por ser titular nas meias-finais.
México ganhou final... que teve homenagem a Diogo Jota
O México revalidou no domingo a vitória na Gold Cup da CONCACAF em futebol, ao vencer os anfitriões Estados Unidos por 2-1, com reviravolta, na final disputada no NRG Stadium, em Houston.
A formação mexicana, que há dois anos tinha superado na final o Panamá por 1-0, começou, praticamente, a perder, culpa de um golo do central Chris Richards, jogador do Crystal Palace, aos quatro minutos, de cabeça, após um livre de Sebastian Berhalter.
Os Estados Unidos, que somam sete troféus e perseguiam o primeiro desde 2021, quando bateram o México por 1-0, após prolongamento, seguraram a vantagem até aos 27 minutos, quando um 'tiro' de Raúl Jiménez empatou o jogo, servido por Marcel Ruiz.
Nos festejos, o ex-jogador do Benfica dirigiu-se ao banco do México para ir buscar uma camisola, sentou-se no relvado e exibiu-a: era a '20' do México, com nome do malogrado Diogo Jota, e ali ficou uns instantes a 'jogar' playstation.
A formação mexicana mostrava-se superior e também o foi na segunda parte, apesar da boa réplica dos Estados Unidos, acabando por selar a reviravolta aos 77 minutos, num cabeceamento à boca da baliza de Edson Álvarez, jogador do West Ham, após livre na esquerda e um primeiro desvio de Johan Vásquez.
Na parte final, os Estados Unidos ainda podiam ter empatado, mas o México conservou a vantagem e fez a festa, como em 1993, 1996, 1998, 2003, 2009, 2011, 2015, 2019 e 2023.
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