"A fome vem dos jogadores mais do que do treinador". Estas palavras de Rúben Amorim após o jogo de segunda-feira diante do Moreirense assentam que nem uma luva na exibição que os leões fizeram em Moreira de Cónegos no fecho da jornada 22 da I Liga.

Foi um Sporting competente do início ao fim, quase a roçar a perfeição, aquele 'enjaulou' Moreirense numa jaula rumo à oitava vitória seguida no campeonato. Morita, aos três minutos, e de Pedro Gonçalves, aos 23', materializaram em golos a capacidade da equipa de Rúben Amorim surgir com muitos elementos junto à área contrária e criar perigo frente a um adversário que, apesar de ter provocado dificuldades a FC Porto, Sporting de Braga e Benfica no Minho, esteve permeável na defesa e inexistente no ataque.

O remate certeiro madrugador de Morita abriu caminho a uma vitória tranquila da equipa de Alvalade. Os leões mostraram as garras desde cedo e não deram azo a chances dos cónegos, que têm sido uma das surpresas do campeonato esta temporada.

Pouco antes da meia hora, Pedro Gonçalves deu o melhor seguimento a uma jogada de régua e esquadro dos lisboetas que fechou as contas no Minho, num jogo com resultado final que parece escasso, dado o volume ofensivo que a equipa de Alvalade colocou no relvado do Comendador Joaquim de Almeida Freitas durante grande parte do encontro.

Depois de um início de segunda parte com alta rotação, e um golo anulado a Trincão, o ritmo do jogo esmoreceu à medida que o cronómetro avançava. Ainda assim, o Sporting continuou a mandar no desafio sem qualquer sobressalto e somou nova vitória que permite a colagem ao rival Benfica ainda que com um jogo a menos.

Mas vamos às notas da partida:

Figura

Poderia pensar-se que o homem do jogo no Minho seria ou Francisco Trincão, ou Pedro Gonçalves. Mas houve uma outra figura em destaque. Discreto, Morten Hjulmand desfilou em campo. Recuperou várias vezes a bola e foi o dínamo no meio-campo dos leões. Foi o cérebro da equipa e um dos grandes responsáveis para esta exibição perfeita.

Surpresa

Já quase deixa de ser surpresa dado o recente crescimento de forma. Francisco Trincão apresentou uma performance elevada e ficou ligado aos dois golos da partida. Trabalhou muito sem bola. Só faltou mesmo o golo.

Desilusão

Frimpong não viveu uma noite feliz muito por culpa das constantes movimentações de Geny Catamo e Francisco Trincão. Foi batido por Morita no primeiro golo dos leões e acaba por ficar também ligado ao segundo.

Treinadores

Rui Borges

Zero remates à baliza mostram bem o quão negativa foi a exibição da equipa da casa e, por outro lado, a competência da estratégia do Sporting para este duelo. Foram raras as ocasiões em que chegaram com perigo à área contrária. Se puxarmos a película atrás e revisitarmos outros duelos com os grandes, percebemos que o Moreirense apresentou muito mais do que aquilo que colocou em prática ante o Sporting. Mas nota-se que a equipa segue num momento de menor fulgor.

Rúben Amorim

Entrar, marcar e 'matar' o jogo. Esta frase descreve bem o que foi a competência dos leões no Minho. O Sporting acelerou em Moreira de Cónegos para a oitava vitória seguida na I Liga e não deixaram sequer que o rival pensasse que poderia ter outro resultado que não a derrota. Uma exibição a roçar a perfeição.

Arbitragem

Nada a apontar ao trabalho da equipa liderada por Fábio Veríssimo. Arbitragem tranquila e sem decisões que influenciaram o resultado final.

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