Símbolo do fim da ditadura e museu emblemático da cidade de Lisboa, o antigo Quartel do Carmo, agora Museu do Carmo, vai começar a receber concertos às quintas-feiras, através do projeto Rua das Pretas, anuncia esta quarta-feira a organização.

Em comunicado, o projeto conta que o Museu do Carmo, onde Marcello Caetano cedeu o poder (e a ditadura) às forças revolucionárias, vai receber uma "ocupação artística" de Pierre Aderne, a partir do dia 13 de outubro, até aos finais de dezembro.

"Os espetáculos começam nas ruínas do Carmo a céu aberto, quando um fado ou um ponto de candomblé, à capela, ecoam pelas paredes de pedra deste icónico monumento gótico de 1389. Depois, o concerto ocupa a sala principal do Museu, uma capela com vista para a Mouraria, Alfama e o Castelo de São Jorge com capacidade para 95 pessoas", explica o projeto.

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O espetáculo estará baseado no improviso, "entre bossas, fados, mornas, prosa, poemas, estreia de canções, com as participações de artistas lusófonos e da música do mundo".

O Rua das Pretas volta, assim, às residências artísticas semanais, depois de ter suspendido o formato durante dois anos. No texto, o projeto recorda que já passaram pelos seus "encontros intimistas"  mais de 270 artistas mais de 3.500 pessoas de várias nacionalidades.

Além de Pierre Aderne, estão também no projeto Nilson Dourado e Walter Areia, além de "vários convidados por noite" que "comandarão o concerto, sacramentando Lisboa como capital da música em língua portuguesa".

Entre os concertos, o grupo vai continuar em digressão, com concertos marcados em Paris,

Os concertos arrancam então esta quinta-feira, às 20h30, e o preço dos bilhetes varia entre os 30 e os 50 euros, com um copo ou um vale de vinho.

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