Portugal, Espanha e Irlanda têm discurso mais "moderado"
O referendo à população grega acontece no próximo dia 5 de julho. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apela ao 'não'.
© Reuters
Economia Crise
Portugal, Espanha, Irlanda e Chipre, os países do resgate, assumiram nas últimas reuniões do eurogrupo uma posição “moderada”, segundo fonte próxima das negociações entre Bruxelas e Atenas.
Desta forma, não são vistos nem como bons ou maus, como referia ontem, o ministro das Finanças francês, quando afirmou que “os mais duros não são os alemães, mas os pequenos países que fizeram significativos esforços”.
Os países que assumiram uma posição mais radical sobre a Grécia serão mesmo a Alemanha, França, Itália e os países bálticos, em especial a Letónia.
Os países alvo de resgate têm assumido uma posição mais controlada, ou a meio caminho, insistindo na necessidade de se esperar pela decisão do referendo do próximo dia 5 de julho.
Essa posição foi assumida pelo primeiro-ministro português, Passos Coelho, que afirmou ontem que respeita “plenamente” esse direito.
“É um referendo que tem importância dentro da vida política e constitucional da Grécia. Portanto, não quero estar a desvalorizar o referendo nem o seu resultado, mas também não tenho de o comentar, nem tenho de interferir nesse processo”, afirmava Passos.
A fonte de Bruxelas indica ao Público que este discurso não faz destes países “bonzinhos”. E que no fundo, o que Portugal, Espanha e Irlanda querem é colocar Tsipras em maus lençóis, pois qualquer que seja a resposta ao referendo coloca em destaque a Grécia e não a Europa.
“Portugal sabe muito bem como são enormes os riscos de a Grécia cair, e como são imprevisíveis as consequências para o país”, remata.
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