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Rui Rio "disponível" para "tentar fazer aquilo que nunca se fez"

O presidente do PSD, Rui Rio, disse esta quarta-feira que está "disponível" para "colocar em primeiro lugar o interesse de Portugal e só depois o interesse partidário" e que "abraçou esta missão" para "tentar fazer aquilo que nunca se fez".

Rui Rio "disponível" para "tentar fazer aquilo que nunca se fez"
Notícias ao Minuto

17:52 - 11/04/18 por Lusa

Política PSD

Num discurso dividido em duas áreas, a económica e a política, integrado na conferência "Portugal para lá do curto prazo" do congresso da Confederação de Portugal (CIP), em Santa Maria da Feira, distrito de Aveiro, o líder do PSD frisou a sua "disponibilidade" para servir o país.

"Existe um partido - o maior da oposição, que por acaso é maior do que aquele que atualmente está no Governo em número de deputados - e um líder de oposição que está disponível para colocar em primeiro lugar o interesse de Portugal e, só depois, o interesse partidário. E colocar o interesse de Portugal à frente é justamente estar disponível para fazer com os outros aquilo que só com os outros consegue ser feito", disse Rui Rio.

O presidente dos sociais-democratas começou por dizer que esta "disponibilidade nem sempre acontece", para depois referir: "Isto é só para não exagerar porque acho que nunca acontece".

Já no período de perguntas e respostas, quando questionado sobre essa "disponibilidade" pelo presidente da CIP, António Saraiva, Rui Rio apontou estar na vida política para "tentar fazer aquilo que nunca se fez".

"Tendo chegado à idade que cheguei, disponibilizar-me para esta missão, só tem um sentido: é servir Portugal. Não estou aqui a fazer nada se não for para fazer isso. Se estou aqui é apenas para tentar fazer aquilo que nunca se fez", disse.

Antes, Rui Rio considerou que "não é sustentável continuar com o poder político descredibilizado perante a opinião pública", defendendo que "os partidos se deveriam entender para fazerem um conjunto alargado de reformas".

"Talvez seja uma revolução, mas uma revolução pelas reformas. Se conseguirmos fazer uma série de reformas, no quadro do sistema político e no quadro do sistema judicial, em nome do interesse nacional e não em nome do interesse partidário, penso que Portugal aspirará a conseguir ter a médio de prazo outra vez um contrato de confiança entre os portugueses e o regime", referiu.

Já na fase em que analisava a área económica, o presidente do PSD afirmou que é importante ter sempre presente as razões pelas quais Portugal teve de chamar a 'troika' para que, "em circunstância alguma, isso se repita".

"No presente, o saldo externo é positivo, a dívida externa tem-se reduzido, o sistema financeiro está equilibrado e o crescimento económico é positivo. O que está pior é o valor da dívida pública. A dívida pública cresce sempre. Mas, estes resultados não têm a ver com reformas que estejam a ser feitas. Tem a ver com o poder de arrasto da economia externa, nomeadamente da Europa", referiu, frisando a ideia de que têm de estar "sempre presentes os erros cometidos para que as coisas não voltem a repetir-se".

"Terminada esta conjuntura, Portugal não se preparou. Estes indicadores são filhos de uma conjuntura e não de uma política estrutural. Temos de reduzir a divida pública. É preciso que o país esteja disposto a conseguir alguns acordos estruturais", disse.

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