Novo Banco? "O que sabemos hoje comprova aquilo que dissemos no passado"
A dirigente bloquista acredita que esta situação poderia ter sido evitada, pois foi antecipada pelo Bloco de Esquerda.
© Global Imagens
Política Catarina Martins
O Novo Banco apresentou os piores resultados desde a sua criação, em 2014, o que irá obrigar a um plano de rescisão e à injeção de dinheiro por parte do Estado.
Perante o cenário de prejuízos de 1.395,4 milhões de euros do ano 2017, a coordenadora do Bloco de Esquerda frisou, na sua página de Facebook, que o que havia sido dito pelo partido de Esquerda estava correto.
“O que sabemos hoje comprova aquilo que dissemos no passado: a venda, ou doação, do Novo Banco, foi uma má decisão. Continuamos a pagar banca privada, sem poder de decisão sobre o sistema financeiro e sem proteger os contribuintes”, ressalvou.
Logo após o anúncio dos resultados, o Bloco de Esquerda já havia reagido pela voz de Mariana Mortágua. Numa declaração aos jornalistas, no parlamento, a deputada referiu que a sua força política, já no ano passado, fez sérias advertências ao Executivo socialista caso optasse pela venda do Novo Banco.
"Em abril de 2017, o Bloco de Esquerda marcou um debate de urgência no parlamento - estava o Novo Banco prestes a ser vendido - para comunicar ao país e dizer ao Governo que essa venda seria um descalabro para as contas públicas e que o país não iria ganhar nada. Menos de um ano depois, o Novo Banco anuncia prejuízos recorde e revela que já ativou a garantia pública em 800 milhões de euros. Isto só veio dar razão à posição que assumimos no dia 5 de abril de 2017", declarou Mariana Mortágua.
Na altura, em abril de 2017, o Bloco de Esquerda, segundo Mariana Mortágua, transmitiu ao Governo que podia contar com o apoio "para uma solução que não passasse por uma doação de capitais públicos a fundos abutre".
"Estaríamos disponíveis para discutir uma nacionalização do Novo Banco, colocando-o ao serviço da economia. Uma solução em que o capital injetado revertia para o Estado e não para um fundo privado", especificou a deputada bloquista.
De acordo com Mariana Mortágua, o Governo, porém, "recusou-se a discutir essa possibilidade".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com