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Novo Banco? "O que sabemos hoje comprova aquilo que dissemos no passado"

A dirigente bloquista acredita que esta situação poderia ter sido evitada, pois foi antecipada pelo Bloco de Esquerda.

Novo Banco? "O que sabemos hoje comprova aquilo que dissemos no passado"
Notícias ao Minuto

08:35 - 29/03/18 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Política Catarina Martins

O Novo Banco apresentou os piores resultados desde a sua criação, em 2014, o que irá obrigar a um plano de rescisão e à injeção de dinheiro por parte do Estado.

Perante o cenário de prejuízos de 1.395,4 milhões de euros do ano 2017, a coordenadora do Bloco de Esquerda frisou, na sua página de Facebook, que o que havia sido dito pelo partido de Esquerda estava correto.

“O que sabemos hoje comprova aquilo que dissemos no passado: a venda, ou doação, do Novo Banco, foi uma má decisão. Continuamos a pagar banca privada, sem poder de decisão sobre o sistema financeiro e sem proteger os contribuintes”, ressalvou.

Logo após o anúncio dos resultados, o Bloco de Esquerda já havia reagido pela voz de Mariana Mortágua. Numa declaração aos jornalistas, no parlamento, a deputada referiu que a sua força política, já no ano passado, fez sérias advertências ao Executivo socialista caso optasse pela venda do Novo Banco.

"Em abril de 2017, o Bloco de Esquerda marcou um debate de urgência no parlamento - estava o Novo Banco prestes a ser vendido - para comunicar ao país e dizer ao Governo que essa venda seria um descalabro para as contas públicas e que o país não iria ganhar nada. Menos de um ano depois, o Novo Banco anuncia prejuízos recorde e revela que já ativou a garantia pública em 800 milhões de euros. Isto só veio dar razão à posição que assumimos no dia 5 de abril de 2017", declarou Mariana Mortágua.

Na altura, em abril de 2017, o Bloco de Esquerda, segundo Mariana Mortágua, transmitiu ao Governo que podia contar com o apoio "para uma solução que não passasse por uma doação de capitais públicos a fundos abutre".

"Estaríamos disponíveis para discutir uma nacionalização do Novo Banco, colocando-o ao serviço da economia. Uma solução em que o capital injetado revertia para o Estado e não para um fundo privado", especificou a deputada bloquista.

De acordo com Mariana Mortágua, o Governo, porém, "recusou-se a discutir essa possibilidade".

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