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Partidos de acordo para permitir animais em espaços de restauração

Os partidos representados na Assembleia da República manifestaram-se hoje disponíveis para produzir legislação que permita a permanência de animais de estimação em espaços fechados de restauração, uma discussão que será aprofundada em sede de especialidade.

Partidos de acordo para permitir animais em espaços de restauração
Notícias ao Minuto

19:46 - 11/10/17 por Lusa

Política Parlamento

O deputado do PAN (Pessoas, Animais, Natureza), André Silva, começou por apresentar as propostas do partido referindo que é comum em vários países europeus encontrar animais de companhia em restaurantes.

"No nosso país, verifica-se uma ingerência do Estado. Deve deixar-se que o mercado opere livremente e que os proprietários tenham o poder de decidir quem entra ou não nos seus estabelecimentos", defendeu, remetendo para a discussão na especialidade a necessidade de colocação de dísticos ou não à porta dos estabelecimentos que optem por receber animais.

O Bloco de Esquerda sustentou que o bem-estar animal é cada vez mais uma preocupação dos portugueses e que estão asseguradas as condições para permitir a presença destes animais nos estabelecimentos comerciais de restauração, desde logo com a colocação de dísticos e a restrição de acesso aos espaços de maneio e confeção de alimentos.

A decisão deve ser dos proprietários, disse a deputada do BE Maria Manuel Rola, acrescentando: "Uma cidade justa é também uma cidade que trata bem os seus animais".

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) também apoia a medida, mas quer discutir na especialidade que animais de companhia serão permitidos, se apenas cães e gatos ou outros.

"Pode ser recusado acesso a animais que, pelo seu comportamento ou porte, perturbem o normal funcionamento" do espaço, defendeu ainda a deputada Heloísa Apolónia.

Também o PSD se manifestou "sensível ao tema" e transmitiu disponibilidade para aprofundar a discussão em especialidade, considerando que dos três projetos em discussão (PAN, BE e PEV), o dos ecologistas parece "o mais sensato".

O deputado social-democrata João Sá defendeu que a decisão deve caber aos proprietários dos estabelecimentos e que deve ser assegurado o controlo sanitário dos animais, bem como as restantes condições de higiene e segurança, prevendo contraordenações para as respetivas infrações.

O deputado do CDS-PP Nuno Magalhães anunciou que o partido tem uma posição favorável a esta medida, defendendo a liberdade de escolha da iniciativa privada e dos cidadãos, bem como o aprofundamento da discussão em especialidade.

"O CDS está disponível para viabilizar estes diplomas e para, em sede de especialidade, podermos fazer uma lei", disse, manifestando também preferência pelo projeto do PEV: "Parece-nos bastante completo e uma boa base de trabalho".

Para o PS, a AR deu hoje "mais um passo importante em matéria de animais".

O deputado socialista Hugo Pires defendeu também a necessidade de um dístico informativo nos estabelecimentos que receberem animais, à semelhança da maioria dos partidos, e a definição dos animais que podem ter acesso ao espaço.

O PCP manifestou igualmente preferência pelo projeto do PEV e propôs que sejam ouvidos os trabalhadores do setor, as empresas de restauração e as associações de bem-estar animal.

"O PCP está disponível para aprofundar a discussão nesta matéria", afirmou a deputada Ana Virgínia Pereira.

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