Estado "não está a desempenhar bem o seu papel" em "funções inalienáveis"
Social democrata diz que o Estado está a falhar em questões de segurança e da defesa do país.
© Global Imagens
Política Ferreira Leite
Em análise à tragédia de Pedrógão Grande e ao roubo de material militar em Tancos, Manuela Ferreira Leite considerou que “há certo tipo de atividades onde o Estado está e não devia estar e há outros em que não devia estar e está”.
“Estes são dois casos onde deveria estar e não está muito bem, não desempenha bem o seu papel”, considerou no seu espaço de comentário semanal na TVI 24, salientando que estes são casos que dizem respeito a “funções inalienáveis do Estado: a segurança e a defesa”.
Para a antiga ministra das Finanças, “em qualquer um dos casos, as coisas correram bem pior do que se podia esperar”, sendo que no caso dos incêndios houve “fenómenos de natureza” a intervir, enquanto no caso de Tancos, como isso não aconteceu, a situação “é muito mais grave”. E para isto arranja uma explicação:
“Há um ponto que ressalta muito, que é a separação que existe neste momento, o divórcio total do Governo e da Administração Pública. A administração pública está ao serviço do país e o Governo também, portanto são duas instituições ao serviço do país e nós ao vermos dá a sensação que está cada um para o seu lado”, referiu, defendendo em seguida que é preciso “proteger e dignificar a administração pública e não desprezá-la”, coisa que não acontece porque “a cultura do Estado perdeu-se em troca de uma cultura político -partidária”.
Questionada sobre a possibilidade do caso de Tancos ter sido algo preparado e do qual as autoridades já tinham conhecimento, a social democrata afirmou que a ser verdade é algo que a própria “não consegue qualificar”. “É algo inimaginável”, disse.
Já sobre o facto de António Costa estar de férias, enquanto tudo isto acontece, Manuel Ferreira Leite afirma que este é um tema que é “um enigma".
“A pessoa quando vai de férias é para descansar”, começou por afirmar, considerando em seguida que o primeiro-ministro “não deve andar descansado, não deve dormir e não deve largar o telemóvel”. Logo, afirma, “de férias não deve estar a ter de certeza”.
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