CGD: "Não devem ser os banqueiros a chantagear o Estado"
Catarina Martins diz até que "não devem ser os banqueiros a chantagear o Estado sobre as condições em que estão ou não a administrar o banco público".
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Política Catarina Martins
À margem de uma visita a um hospital em Trás-os-Montes, no âmbito das jornadas parlamentares do Bloco de Esquerda, Catarina Martins foi abordada pelos jornalistas sobre o tema dos últimos dias: os salários milionários do próximo conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Começando desde logo por dizer que “toda a situação da Caixa Geral de Depósitos é lamentável”, a líder do Bloco de Esquerda salienta que a CGD “é o banco público em que todos confiamos e que devia ser notícia por boas razões”, nomeadamente pela “confiança” que devia transmitir, pela “capacidade para ajudar a economia e criar emprego”, e não “ser notícia por causa da sua administração e desta opacidade tremenda em torno do conselho de administração”.
Considerando a posição da nova administração da CGD como “incompreensível”, sobretudo depois de o novo presidente do banco público ter recusado entregar a declaração dos seus vencimentos ao Tribunal Constitucional, a líder bloquista diz que o país já devia “ter aprendido com o passado”, ou seja, que “não são os salários milionários que garantem boa gestão na banca”. “Temos tido salários milionários tanto na banca privada como na pública e não garantiram nada até agora”, recorda.
O que garante bons resultados e uma gestão incólume, diz, são “a transparência e boas regras sobre salários e responsabilidade”. Isto porque, no passado, “nós já tínhamos salários milionários, já tínhamos problemas de responsabilidade e transparência”, reitera.
Ao defender uma política que implemente “o grau máximo de exigência sobre a transparência dos seus rendimentos, tal como os titulares de cargos políticos”, Catarina Martins refere não haver “razão nenhuma para quem administra o banco público ter menos obrigações de transparência do que um titular de cargos políticos”.
“Não devem ser os banqueiros a chantagear o Estado sobre as condições em que estão ou não a administrar o banco público”, remata a deputada.
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