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Capucho considera "absurda" manutenção de Relvas no Governo

O social-democrata António Capucho considerou sexta-feira que o Governo chefiado por Passos Coelho é o "campeão do combate ao poder local" e espera que o PSD inicie em breve o processo de auto-regeneração.

Capucho considera "absurda" manutenção de Relvas no Governo
Notícias ao Minuto

08:37 - 02/03/13 por Lusa

Política PSD

"Depois do 25 de Abril, eu julgava que [o ex-primeiro-ministro socialista] José Sócrates era o campeão do combate ao poder local e neste momento é o doutor Relvas [ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares], o doutor Passos Coelho, e este Governo. Os presidentes de câmara têm-me dito as coisas mais horríveis sobre a produção legislativa de Miguel Relvas a propósito das autarquias. Há uma revolta nítida", afirmou Capucho.

O antigo conselheiro de Estado enumerou a lei das atribuições e competências, a "famigerada" lei da reorganização das freguesias e a lei das finanças locais como "disparates" da legislatura de Passos Coelho e de Miguel Relvas.

O social-democrata falava aos jornalistas no final de um jantar em Sintra, de apoio à candidatura independente de Marco Almeida à presidência desse município.

António Capucho afirmou estar "muito preocupado com o futuro do PSD", adiantando confiar na capacidade de auto-regeneração do partido a partir das bases que, espera, possa acontecer em breve.

"Eu tenho a expectativa de que a partir de uma próxima situação haja um movimento ‘basista’ no sentido da regeneração do partido. Estou a falar [quando acontecer] no corte dos 4000 milhões, estou a falar no próximo exame da ‘troika’, na execução orçamental ao fim do primeiro trimestre e depois nas eleições autárquicas, que só podem correr mal ao PSD", afirmou.

António Capucho criticou a acção governativa de Passos Coelho, nomeadamente pela "aposta na austeridade", por considerar que tem "efeitos perversos", acrescentando estar em "sintonia" com a contestação ao Governo.

"Não se pode fazer isto em dose brutal porque tem efeitos perversos. Há menos receita, a dívida cresce e o desemprego dispara de uma forma desalmada. Estou perfeitamente sintonizado com a crítica daqueles que entendem que a austeridade demonstrou ser um erro", afirmou.

O ex-presidente da Câmara de Cascais considerou "absurda a manutenção" da composição actual do Governo, nomeadamente a continuidade de Miguel Relvas como ministro, e a existência de um ministério da Agricultura e do Ambiente que, considera, "é um gigante que devia ser partido ao meio".

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