Meteorologia

  • 18 MAIO 2024
Tempo
19º
MIN 13º MÁX 20º

Antigo ministro defende penas com perda de património

No programa ?Falar Claro? da Rádio Renascença, Vera Jardim, antigo ministro da Justiça, fala esta terça-feira sobre as propostas para criminalizar o enriquecimento ilícito/injustificado. O antigo governante defende que as penas devem penalizar os prevaricadores com perdas de património.

Antigo ministro defende penas com perda de património
Notícias ao Minuto

11:50 - 17/02/15 por Notícias Ao Minuto

Política Enriquecimento ilícito

O tema do enriquecimento ilícito ou injustificado voltou recentemente à agenda política. O debate tem feito nascer opiniões diversas e Vera Jardim, em declarações à Rádio Renascença, considera que apenas se deve legislar sobre o segundo crime, até porque a punição para crimes de enriquecimento ilícito já se encontra prevista na lei.

"Enriquecimento injustificado já é outra coisa. Qual é a diferença? Continua a não se saber que crime há. A construção que não me causa nenhum problema, bem pelo contrário, é: quando houver divergências substanciais entre rendimentos declarados e fortuna ou quando houver falsas declarações sobre rendimentos declarados ou omissão de declarações sobre rendimentos o quando haja uma fortuna que não esteja de acordo com esses rendimentos, haver um processo", defende o advogado e antigo ministro da Justiça.

Depois do diploma inicial relativamente ao enriquecimento ilícito ter sido chumbado pelo Tribunal Constitucional, por tentar inverter o ónus da prova, Vera Jardim defende que deve tentar-se usar a lei fiscal para ultrapassar esta ‘dificuldade’.

“Percebo que, perante as dificuldades em provar a corrupção, haja a necessidade de procurar outros instrumentos constitucionais", explica o histórico socialista, dizendo que “preferia perseguir os crimes em si”.

Na questão central do debate deste tipo de diplomas está o facto de não se conseguir decidir que tipo de penas aplicar nestes casos, mas o antigo governante defende uma ideia: que esta penalização seja feita ao nível patrimonial.

“Acho que se deve fazer força do lado da perda patrimonial, que pode ir até duas vezes aquilo que não for declarado, a fortuna que esteja oculta. Por vezes o acontece é que acaba o Estado por não ser ressarcido. Muitas vezes o Estado é a vítima neste tipo de crimes e acaba por não ser ressarcido. Acho que se deve fazer força em penas de perda patrimonial", conclui Vera Jardim.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório